6/30/2021

Brasileiro: Grêmio perde para Juventude e permanece na lanterna

O Grêmio foi superado por 2 a 0 pelo Juventude, nesta quarta-feira (30) no estádio Alfredo Jaconi, e permaneceu na lanterna do Campeonato Brasileiro com apenas dois pontos conquistados. Com o triunfo, o Jaconero sobe para a sexta posição com 12 pontos.

O triunfo do Juventude começou a ser construído aos 27 minutos do primeiro tempo, quando Paulinho Boia acertou um belo chute no ângulo. O placar foi fechado na etapa final, graças a gol de Matheus Peixoto.

No próximo domingo (4) o Jaconero visita o Ceará no Castelão, enquanto o Grêmio recebe o Atlético-GO em Porto Alegre.

Clássico sem gols

Corinthians e São Paulo fizeram outro clássico regional da rodada, mas a partida realizada na Neo Química Arena terminou sem gols. Agora, o Tricolor encara o líder Bragantino no domingo, enquanto o Timão recebe o Internacional um dia antes.



Defesa inaugura estação de controle do espaço aéreo em Ponta Porã

O Ministério da Defesa inaugurou, hoje (30), em Ponta Porã (MS), uma nova Estação Radar de Vigilância Aérea. O sistema, o terceiro instalado no Mato Grosso do Sul desde agosto de 2020, faz parte do processo de modernização da rede de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, gerenciado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Defesa inaugura estação de controle em Ponta Porã
Defesa inaugura nova Estação Radar de Vigilância Aérea em Ponta Porã - Divulgação/Ministério da Defesa

Segundo o ministério, em conjunto, as estações de Ponta Porã, Porto Murtinho (inaugurada em março deste ano) e Corumbá (ativada em agosto de 2020) vão permitir o aprimoramento da capacidade de vigilância e controle da fronteira sul-mato-grossense com outros países e o combate ao tráfico de drogas e de armas, ampliando a capacidade de vigilância do espaço aéreo pelas Forças Armadas.

A cerimônia de inauguração da estação contou com as presenças do presidente da República, Jair Bolsonaro, do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, além de parlamentares e convidados, como o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet.

Após ativar o equipamento e simular um exercício de interceptação de aeronave em voo, o presidente declarou que, com as três estações sul-mato-grossenses ativas, as fronteiras brasileiras se tornam mais seguras”.

Presidente Jair Bolsonaro participou da inauguração da nova estação radar em Ponta Porã (MS).
Presidente Jair Bolsonaro participou da inauguração da nova estação radar em Ponta Porã (MS). - Isac Nóbrega/PR

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, destacou o fato dos radares e sistemas serem fabricados por uma empresa nacional – o que, de acordo com o Ministério da Defesa, agiliza eventuais procedimentos de assistência técnica. Para o comandante, o maior controle das aeronaves que ingressam no espaço aéreo nacional é fundamental para coibir a prática de crimes transfronteiriços.

O governador declarou que a proteção das fronteiras do estado reforçam a proteção ao país e à população de todas as outras unidades da federação. Em nota divulgada hoje, o governo estadual informa que o governo federal investiu cerca de R$ 127 milhões nos três sistemas de vigilância.

Azambuja aproveitou para agradecer ao governo federal por destinar 165,5 mil doses da vacina contra a covid-19 para a realização de um estudo que visa a imunizar todos os moradores com mais de 18 anos de idade de 13 municípios sul-mato-grossenses que fazem fronteira com a Bolívia e o Paraguai.



Putin recebe delegação russa que irá à Olimpíada sem bandeira nem hino

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu atletas russos a caminho da Olimpíada de Tóquio no Kremlin nesta quarta-feira (30), desejando-lhes medalhas e prometendo proteger seus direitos, já que devem competir sem bandeira nem hino por causa de sanções impostas ao país por doping.

Os atletas russos estão proibidos de competir em grandes eventos internacionais, inclusive a Olimpíada, com a bandeira e o hino russos até o final de 2022. Mais de 330 russos estarão em Tóquio sob a sigla "ROC", Comitê Olímpico Russo.

"Os direitos e interesses de seus atletas precisam ser protegidos de quaisquer arbitrariedades, inclusive de decisões que países individuais estão tentando impor em todo o mundo, muito além de suas jurisdições nacionais", disse Putin aos atletas na cerimônia no Kremlin. "Peço aos colegas de organismos especializados que prestem atenção especial a isto".

"Toda a Rússia estará torcendo por vocês. Desejo a vocês grandes vitórias, e uma competição honrosa e justa."

A proibição, imposta inicialmente pela Agência Mundial Antidoping (Wada), mas mais tarde reduzida para dois anos após uma apelação, visa punir Moscou por fornecer a autoridades antidoping dados laboratoriais adulterados que poderiam ter ajudado a identificar infratores.

"Aconteceu de termos que nos apresentar sem a bandeira russa, sem o hino russo que poderíamos cantar alto e em uníssono", disse Svetlana Romashina, do nado sincronizado, na cerimônia. "Mas o mais importante é que torcedores russos e torcedores de todo o mundo saibam qual país representamos."



Pix terá funcionalidade "offline" em breve, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confirmou hoje (30) que está em desenvolvimento uma funcionalidade offline para que as transações via Pix possam ser feitas mesmo em locais que estejam sem conexão com a internet. A tecnologia será disponibilizada "em breve", afirmou ele.

Segundo o presidente do BC, há três alternativas em estudo, sendo que a considerada mais segura até o momento é a utilização de um cartão por aproximação que poderá ser carregado pelo usuário. “Vai funcionar como um cartão de ônibus, com uma tecnologia supersegura", afirmou, durante um seminário sobre moedas digitais promovido pela banca Mattos Filhos Advogados.

"Você vai poder usar o cartão no mundo offline e, quando voltar para o mundo online vai poder transferir seu saldo de volta", explicou Campos Neto. Ele destacou o alcance do Pix e apresentou dados que mostram que a nova forma de transferir dinheiro já é utilizada em 60% das transferências no Brasil.

O Pix é um sistema lançado no ano passado pelo Banco Central que permite pagamentos e transferências instantâneas 24 horas, nos sete dias da semana, entre pessoas físicas e jurídicas, por meio de uma chave simples atribuída a cada conta bancária. Tal chave pode ser um número de telefone, CPF ou CNPJ, por exemplo.

Segundo o presidente da instituição financeira, até o momento foram cadastradas mais de 125 milhões de chaves.



Cai número de famílias que defendem fechamento de escolas na pandemia

O percentual de famílias brasileiras que considera muito importante manter as escolas fechadas como forma de prevenir a covid-19 caiu em um ano, de acordo com estudo divulgado hoje (30). No início da pandemia, em julho de 2020, 82% dos brasileiros afirmavam que era muito importante manter as escolas fechadas. Em novembro, essa porcentagem caiu para 71%. Agora, em maio de 2021, são 59%.

Os dados são da terceira etapa da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes, realizada pelo Ipec - Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

A pesquisa mostra que, após mais de um ano de pandemia, as escolas começaram a retomar as atividades presenciais. Ao todo, 41% das pessoas que residem com crianças ou adolescentes disseram que as escolas voltaram a oferecer essas atividades. 

O estudo revela, também, que 93% das escolas mantiveram atividades remotas, mesmo que tenham voltado às salas de aula. Essa modalidade ainda apresenta uma série de dificuldades, apesar dos esforços para ampliar o acesso. Segundo a pesquisa, os principais canais de acesso dos estudantes às atividades são o WhatsApp (71%) e a distribuição de material impresso (69%). A falta de acesso à internet (35%) e a falta de equipamento adequado (31%) estão entre as principais dificuldades para realizar atividades escolares remotas, sobretudo entre as famílias mais pobres.

Retomada segura 

Para a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, a retomada das aulas presenciais é importante, mas ela deve ser feita de forma segura. “É fundamental um diálogo para cada escola, em cada município, cada estado e nos diversos níveis. Que aconteça esse diálogo entre a comunidade escolar, ou seja, todos os adultos que trabalham na escola, os professores, as famílias, as crianças, para definir o protocolo que é mais adequado naquele momento, naquela situação”, diz. 

Segundo Florence, a escola é um espaço importante para garantir não apenas o aprendizado, mas também a socialização e até mesmo a segurança alimentar das crianças e adolescentes do país, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade. “O importante é que esse diálogo aconteça o quanto antes e que as escolas possam reabrir, mesmo se for com atividade presencial limitada no começo. Mas, é importante reafirmar e restabelecer a escola como espaço de referência para crianças e adolescentes”, defende. 

A pesquisa mostra ainda que as medidas individuais de prevenção à pandemia se mantiveram em alta. Entre os entrevistados, 81% afirmam que quarentena e isolamento social são medidas muito importantes para conter a covid-19. Em julho de 2020, eram 84% e em novembro, 81%. Além disso, 94% reforçam a importância do uso de máscaras, percentual que aumentou em relação a novembro, 91%.

Impactos 

Mais da metade, 56% dos entrevistados, diz que a renda familiar diminuiu desde o início da pandemia, o que representa 89 milhões de brasileiros. As classes D e E foram as mais afetadas. Cerca de 40% dessa parcela da população teve uma redução da renda em mais da metade. Na classe A essa redução ocorreu para 12%. Entre os motivos está a perda de emprego. No total, 18% disseram que estavam trabalhando antes e mesmo durante a pandemia e agora não estão mais.

A alimentação também foi impactada. A pesquisa mostra que, desde o início da pandemia, 17% dos entrevistados, o que equivale a 27 milhões de brasileiros com mais de 18 anos, declaram que alguém no domicílio deixou de comer porque não havia dinheiro para comprar mais comida. Nas classes D e E, esse percentual chegou a 33%. 

A fome chegou também a crianças e adolescentes: 13% disseram que crianças e adolescentes que moram com eles deixaram de comer por falta de dinheiro. Nas classes D e E, esse percentual foi também 33%. Entre aqueles matriculados em escolas públicas, metade afirmou que recebeu alimentação da escola durante o período de fechamento por causa da pandemia. 

Diante desse cenário, 56% dos entrevistados disseram que o adolescente com quem moram apresentou algum sintoma relacionado a transtornos mentais durante a pandemia. Entre eles, 29% disseram que os jovens apresentam mudanças repentinas de humor e irritabilidade; 28% que tiveram alterações no sono como insônia ou excesso de sono. Também 28%, disseram que houve diminuição do interesse em atividades rotineiras. 

Segundo Florence, políticas públicas como o Auxílio Emergencial são importantes para mitigar esses efeitos da pandemia. Além disso, é necessária uma articulação entre diferentes áreas dos governos para que medidas de assistência, saúde e educação cheguem a toda a população. 

Pesquisa 

A terceira etapa da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes fez 1.516 entrevistas, por telefone, entre 10 e 25 de maio de 2021. A primeira e a segunda rodada da pesquisa foram divulgadas em agosto e dezembro de 2020, respectivamente.



Nocaute: Keno Marley brilha em 1º Grand Prix de Boxe do Brasil

O baiano Keno Marley, de 21 anos, medalha de prata no Pan de Lima (Peru) e garantido na Olimpíada Tóquio (Japão), foi um dos principais destaques na abertura do 1º Grand Prix de Boxe do Brasil, na Arena Carioca II, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Na estreia nesta terça-feira (29), Marley venceu por nocaute o mineiro Carlos Pereira (categoria até 81 quilos).  As lutas seguem nesta quarta e sexta-feira (2 de julho), sempre a partir das 15h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo no Canal Olímpico. A grande expectativa é pela estreia hoje (30) de Bia Ferreira, atual campeã mundial na categoria até 60 kg.

Por precaução, segundo a Confederação Brasileira de Boxe (CBboxe), após o nocaute o pugilista Carlos Pereira foi levado de ambulância para atendimento em hospital neurológico, embora estive se sentindo bem ao fim da luta. Houve demora no retorno da ambulância à Arena Carioca, e estreia da baiana Bia Ferreira, uma das principais favoritas ao ouro em Tóquio, precisou ser adiada para esta  quarta (30).  O evento visa dar ritmo de competição aos classificados a Tóquo 2020. A competição reúne os melhores pugilistas do país,  quatro por categoria de peso, na qual todos lutam entre si.  Além de Keno Marley e BIa Ferreira, o Brasil será representado nos Jogos pelos pugilistas Abner Teixeira (91kg), Graziele Jesus (51kg), Hebert Souza (75kg), Jucielen Romeu (57kg),  e Wanderson de Oliveira (63kg). Confira AQUI a lista completa de todos os participantes.

O boxe brasileiro já conquistou cinco medalhas olímpicas. Depois do bronze de Servílio de Oliveira (1968), o pais amargou um longo jejum sem pódios, que só foi quebrado nos Jogos de Londres (2012). Foram três medalhas na ocasião, e um dos destaques foi o bronze conquistado por Adriana Araújo, que fez história ao se tornar a primeira atleta do boxe brasileiro feminino a subir ao pódio olímpico. Também em Londres brilharam os irmãos Falcão: Yamaguchi levou bronze, enquanto Esquiva faturou a prata. Na Rio 2016, a estrela foi Robson Conceição com a medalha de ouro.



Aneel leiloa 515 km de linhas de transmissão de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leiloou hoje (30) 515 km de linhas de transmissão de energia em um pregão composto por cinco lotes, em seis estados, totalizando 2.600 megavolt-amperes (MVA) em subestações. Venciam as empresas que apresentavam a menor Receita Anual Permitida (RAP) em relação ao teto estabelecido pela agência. A RAP é a receita a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão a partir da entrada em operação comercial das instalações.

Segundo a Aneel, os empreendimentos propiciarão investimentos de R$ 1,3 bilhão, com prazo de conclusão de 36 a 60 meses nos estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Estima-se a criação de mais de três mil empregos diretos.

“O leilão foi um marco importante dentro do conjunto previsto de obras de transmissão nos próximos dez anos, com R$ 90 bilhões em investimentos. Este foi o terceiro leilão em dois anos e meio, com R$ 13,5 bilhões em investimentos e mais de 25 mil empregos gerados. É muito importante dentro do atual cenário hídrico. A expansão das linhas de transmissão é fundamental para dar mais segurança ao sistema e dar mais flexibilidade ao operador”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Retomada da economia

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que o resultado exitoso do leilão é a contribuição do setor elétrico para a retomada da economia no país, com geração de emprego, renda e desenvolvimento. “Atribuímos os resultados do leilão ao fato de termos no Brasil um ambiente de regras claras, atrativas ao investimento e de transparência para o mercado”, disse.

Segundo informações da Aneel, o lote um do Leilão de Transmissão nº 1/2021 foi arrematado pela EDP Energias do Brasil S/A, que apresentou oferta de R$ 38,6 milhões, representando um deságio de 36,59% em relação à Receita Anual Permitida prevista pela agência no valor de R$ 60,9 milhões. O lote um é composto pelas linhas de transmissão com extensão de 395 quilômetros no Acre e Rondônia, e a Subestação Tucumã, com 300) mega-volt-amperes (MVA). 

“Os empreendimentos visam oferecer uma solução estrutural para o sistema de transmissão que permita, no longo prazo, o pleno atendimento à carga de Rio Branco e das demais localidades no estado do Acre que venham a ser integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O prazo de conclusão das obras é de 60 meses”, disse a Aneel.

O lote dois foi arrematado pela Shanghai Shemar Power Holdings, com valor ofertado foi de R$ 30,07 milhões, representando um deságio de 51,39% em relação à RAP inicial de R$ 61,87 milhões estabelecida pela Aneel. O lote dois possui 100 km de linhas de transmissão e 1.200 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Sete Pontes, no estado do Rio de Janeiro. Os empreendimentos visam atender cargas nas regiões de Niterói, Magé e São Gonçalo. A entrega é prevista para 60 meses a partir da assinatura do contrato, e a estimativa é de criação de 884 empregos diretos.

Empregos diretos

A MEZ Energia e Participações Ltda. venceu o lote três, ao apresentar oferta de R$ 12,51 milhões, representando um deságio de 55,35% em relação à Receita Anual Permitida prevista pela Aneel no valor de R$ 28,02 milhões. O lote três contém trechos de linha de transmissão totalizando um quilômetro e 1.200 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Cuiabá Norte, em Mato Grosso (MT). O lote três servirá para atendimento a Cuiabá, com entrega prevista para 42 meses a partir da assinatura do contrato. Espera-se a criação de 617 empregos diretos.

O lote quatro foi arrematado pela Energisa Transmissão de Energia S/A, que apresentou oferta de R$ 4,09 milhões, o que correspondeu a um deságio de 62,80% em relação à RAP no valor de R$ 11 milhões prevista pela agência. O lote, para construção da Subestação Gurupi, com 200 mega-volt-amperes (MVA), servirá para o atendimento elétrico à região de Gurupi, no estado de Tocantins. Os empreendimentos devem ser entregues em 36 meses e a expectativa é de geração de 249 empregos diretos.

O lote cinco foi o segundo vencido pela MEZ Energia e Participações Ltda. A empresa apresentou oferta de R$ 9,93 milhões, deságio de 54,35% em relação à RAP de R$ 21,77 milhões prevista. O lote cinco possui 19 km em linhas de transmissão e 300 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade, com a construção da subestação Dom Pedro I, no estado de São Paulo (SP). 

A construção dos empreendimentos visa ao atendimento adequado da região industrial de Mairiporã, Jaguari e São José dos Campos. A entrega é prevista para 42 meses a partir da assinatura do contrato, e a estimativa é de criação de 461 empregos diretos.



Ipea revisa PIB deste ano de 3% para 4,8%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou de 3% para 4,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), para 2021. A revisão foi baseada na expectativa de crescimento mais sustentado da atividade econômica no segundo semestre, com o avanço da vacinação contra a covid-19; o ambiente externo mais favorável e a redução das incertezas fiscais no curto prazo. A revisão faz parte da análise trimestral da economia brasileira, divulgada hoje (30) pelo Ipea.

“Isso muda bastante a perspectiva para a média do ano. Quando a gente olha o PIB, analisa o produzido no ano todo comparado ao que foi produzido no ano anterior. Como a gente tem metade do ano vindo melhor do que estava, isso melhora bastante a perspectiva para o ano todo”, disse em entrevista à Agência Brasil o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Souza Júnior.

A projeção de crescimento interanual no segundo trimestre é de 12,6%. Já para 2022, a expectativa dos pesquisadores é um avanço de 2% para o PIB. O percentual é menor do que os 2,8% que tinham sido previstos na divulgação de março, na Carta de Conjuntura do Ipea. A razão é o aumento da base de comparação com o PIB em 2021, que será mais alto do que o estimado anteriormente. Mesmo com o recuo na previsão do PIB 2022, o crescimento acumulado no biênio 2021/2022 passou de 5,9% para 6,9%.

As projeções levam em conta um panorama com controle da pandemia no Brasil por meio de vacinação e a manutenção de um cenário relativamente estável para a política fiscal no curto prazo, principalmente com o compromisso de manutenção do teto dos gastos. A análise chama atenção, no entanto, para o possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que representa um fator de risco, já que pode pressionar o câmbio e os juros no Brasil.

Inflação

O Ipea alterou também a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, passando de 5,3% para 5,9%. No acumulado de 12 meses, até maio deste ano, a taxa de inflação subiu de 6,8% para 8,1%, por causa do impacto da alta nos preços monitorados e bens industriais. A análise destacou que a alta de 2,1% nos preços administrados em maio refletiu não apenas o acionamento da bandeira vermelha e seus impactos sobre a energia elétrica, como também os novos aumentos dos medicamentos, do gás e da gasolina.

“Essa bandeira de fato aumenta a expectativa de inflação e por isso a gente tem essa nova revisão para a inflação. É bem significativa, mas, por outro lado, a gente tem agora uma perspectiva melhor em termos de dólar. Isso vai ajudar a desacelerar o preço para o produtor e por consequência para o consumidor. Mantida uma trajetória mais benéfica da taxa de câmbio, isso pode contribuir para deter os preços ao consumidor. É o que a gente espera”, explicou.

Já nos preços monitorados, a projeção da inflação subiu de 8,4% para 9,7% este ano. Os bens de consumo industriais devem subir de 4,3% para 4,8%. Nos serviços livres, exceto educação, a expectativa foi alterada de 4% para 4,2%. As taxas dos alimentos e da educação foram mantidas em 5% e 3,8%, respectivamente.

Para 2022, os pesquisadores estimaram uma desaceleração da inflação, tanto para o IPCA quanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O IPCA deve encerrar o ano que vem em 3,9%, um pouco acima da estimativa de 3,7% para o INPC.

Cenário externo

Segundo os pesquisadores, a valorização das commodities exportadas pelo país, o aumento dos fluxos de comércio internacional e as condições financeiras globais, que estimulam o apetite por risco, têm impactado positivamente a economia brasileira. Conforme a análise, o preço internacional das commodities reflete a retomada da atividade econômica global, com forte crescimento nos últimos meses e nível histórico elevado.

As exportações brasileiras aumentaram, tanto em volume quanto em valor. Isso ocorreu por causa do crescimento da economia mundial e do aumento dos preços externos. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações apresentaram crescimento de 40%, enquanto no mesmo período do ano passado tinha sido de 12%. Refletindo o nível de atividade interno, as importações também se recuperaram. A alta ficou em 21% de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2020.

Mobilidade

Os pesquisadores concluíram que a partir de maio, os indicadores de mobilidade voltaram a aumentar. Antes disso, tinham refletido as dificuldades causadas pela pandemia da covid-19 no Brasil. Conforme a análise, houve queda na evolução dos indicadores de mobilidade nos quatro tipos de estabelecimentos mais relacionados à atividade econômica como as lojas de varejo e locais de lazer; os mercados e farmácias; as estações de transporte público e os locais de trabalho, entre o final de 2020 e os meses de março e de abril de 2021, o que pode ter impactado negativamente a atividade econômica.

“O ano passado foi muito impactado pela pandemia em termos econômicos. Este ano aparentemente os setores conseguiram lidar melhor com as restrições impostas e mesmo as restrições não foram tão intensas como no ano passado. Este ano, pelo que a gente viu, foi mais em cada local, mas em termos nacionais este ano não parou setores como a indústria”, disse José Ronaldo de Souza Júnior.

O diretor do Ipea acrescentou que este ano os serviços prestados evoluíram como os sistemas de delivery e isso ajudou a manter as atividades. “O setor de serviços, acredito que esteja surpreendendo, porque com o agravamento da crise que a gente viveu, era esperado que o impacto fosse maior nesse período de mais restrições. As pessoas conseguiram produzir e vender tendo muito menos impacto do que no ano passado. A gente tem delivery melhor, tem esquema de entrega melhor pela internet, WhatsApp e por aí vai. Na época [ano passado], além do susto muito grande de uma doença desconhecida, havia falta de EPIs normais como máscaras e álcool em gel, coisa que hoje não há esse tipo de problema. Isso atrapalhou as empresas. Trabalhar nesse ambiente de risco foi um aprendizado”, disse.

Para o pesquisador, com o avanço da vacinação, como acontece em outros países, no Brasil pode voltar a funcionar alguns segmentos que foram suspensos por causa da pandemia. “Setores de lazer, de cultura, de recreação e turismo, que empregam muita gente e ainda estão com muitas restrições porque muitos dependem de aglomeração. Acho que isso pode contribuir bastante para a recuperação da economia”, observou o diretor do Ipea.

Situação fiscal

Em movimento oposto, as contas públicas apresentaram melhora nos últimos meses. No acumulado do ano até abril, as receitas federais subiram 16,6% em termos reais. O percentual, que é superior às projeções, levou a uma revisão importante do total estimado para 2021, influenciando na queda do déficit primário previsto para o ano. Caíram as previsões para as despesas esperadas para o ano, o que reduz a necessidade de ajuste para manter o compromisso com o teto de gastos da União. Para 2022, a folga deve ser maior para o cumprimento do teto de gastos, resultado do comportamento esperado dos índices de preços que corrigirão o teto e parcela importante das despesas obrigatórias.

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea destacou que a dívida como proporção do PIB foi beneficiada pelo superávit primário do primeiro quadrimestre e do crescimento nominal do PIB, que surpreendeu devido à aceleração do deflator implícito, além do maior crescimento real. Com isso, houve revisão para baixo da trajetória prevista para a relação dívida bruta/PIB nos próximos anos.

“Ficou claro o compromisso com o teto de gastos, no momento. Esse tipo de coisa reduziu no curto prazo o risco. Não é que a questão esteja resolvida, mas isso tem contribuído positivamente para as expectativas”, disse.



Funarj abre inscrições para edital de inédito de dança

A Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) abriu hoje (30) inscrições para o primeiro edital em âmbito estadual voltado para a dança. As inscrições vão até o dia 14 de agosto no site da Funarj e estão disponíveis apenas para pessoas jurídicas, isto é, companhias de dança, e microempreendedores individuais (MEIs).

O presidente da Funarj, José Roberto Gifford, disse à Agência Brasil que serão selecionados 12 espetáculos de dança que receberão R$ 50 mil cada um. Após a divulgação dos resultados finais, programada para novembro próximo, os espetáculos terão quatro meses para serem produzidos.

“Esses espetáculos vão ser encenados no Teatro João Caetano durante um mês, sendo três por semana e, depois, vão para o Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, zona Norte”, informou Gifford. O presidente da Funarj estima que os espetáculos devem ser apresentados para o público entre março e abril de 2022.

Teatros

O Teatro João Caetano, localizado na Praça Tiradentes, região central da capital fluminense, é a casa de espetáculos mais antiga do Rio de Janeiro. Inaugurado no dia 12 de outubro de 1813, por Dom João VI, com o nome de Real Theatro de São João, foi cenário de importantes acontecimentos históricos do país. Ali foi comemorada a assinatura da primeira Constituição brasileira. Ao longo de mais de dois séculos, atuaram no Teatro João Caetano artistas consagrados no mundo, como Eleonora Duse, em 25 de junho de 1885, e Sarah Bernhard, em 6 de janeiro de 1886.

Ícones das artes cênicas brasileiras também estiveram em palco no Teatro João Caetano. Entre eles, Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Bibi Ferreira, Fernanda Torres, Marco Nanini, Maria Bethânia, Gal Costa.

Já o Teatro Armando Gonzaga foi inaugurado em 19 de abril de 1954 pelo então prefeito da cidade, na época ainda Distrito Federal, Dulcídio do Espírito Santo Cardoso. O nome do teatro presta homenagem ao jornalista e dramaturgo Armando Gonzaga, conhecido autor de comédias de costumes na primeira metade do século 20, no Rio de Janeiro.



Moradores de MS participam de estudo de imunização contra a covid

O Ministério da Saúde vai enviar 165,5 mil doses da vacina da Janssen contra a covid-19 para a realização de um estudo que visa a imunizar todos os moradores com mais de 18 anos de idade de 13 municípios de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com outros países.

A informação foi confirmada pelo governador do estado, Reinaldo Azambuja, esta manhã, ao chegar à Ponta Porã, onde acompanhará o presidente Jair Bolsonaro na inauguração de um radar de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab).

Os municípios sul-mato-grossenses que farão parte do estudo são Antônio João; Aral Moreira; Caracol; Corumbá; Bela Vista; Coronel Sapucaia; Japorã; Ladário; Mundo Novo; Paranhos; Ponta Porã; Porto Murtinho e Sete Quedas.

Em nota, o governo estadual explicou que a iniciativa faz parte da iniciativa batizada como Vebra Covid-19 (do inglês Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19), que reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais e conta com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que acontece também em outras regiões do país.

O estudo, realizado por pesquisadores do Vebra Covid-19, em abril, com 67.718 trabalhadores da área da saúde de Manaus, apontou que a vacina CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac, tem 50% de eficácia contra a variante P.1 da covid-19, identificada em Manaus e que se espalhou por outras unidades da federação.

Em Mato Grosso do Sul, a intenção é pesquisar a efetividade e o impacto da vacinação em massa na região de fronteira, avaliando a eficácia do imunizante da Janssen - de dose única - e seu impacto na redução do número de casos e da mortalidade da covid-19.



CPI convoca deputado Ricardo Barros e ex-diretor da Saúde

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado aprovou, nesta quarta-feira (30), as convocações de 21 pessoas. Na lista, estão o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. A portaria de exoneração de Dias foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União

A convocação de Barros, marcada para o dia 8 de julho, foi motivada pelo depoimento do deputado Luís Miranda (DEM-DF) ao colegiado na semana passada. Na ocasião, o parlamentar afirmou ter avisado o presidente Jair Bolsonaro sobre suspeita de corrupção nas negociações para compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O presidente teria citado Barros como alguém envolvido no caso. O parlamentar nega envolvimento.

Ainda de acordo com o cronograma aprovado hoje, o deputado Luís Miranda voltará à CPI na próxima terça-feira (6). Desta vez, em reunião secreta do colegiado, ele deverá dar detalhes aos senadores sobre uma afirmação feita por ele, à revista Crusoé, de que teria recebido proposta de propina para não atrapalhar as negociações para a compra da vacina Covaxin.

A CPI da Pandemia também vai ouvir, no dia 7, Roberto Dias. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o então diretor do Ministério da Saúde teria tentado negociar propina de US$ 1, por dose, na aquisição de 400 milhões de imunizantes.

Próximos depoimentos

Amanhã (1º) será a vez de o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano ser ouvido pela CPI. A empresa é a intermediária entre o governo federal e o laboratório indiano Bharat Biotech na aquisição do imunizante Covaxin.

Na sexta-feira (2) está marcada a oitiva de Luiz Paulo Dominguetti, da Davati Medical Supply. Foi ele que falou ao jornal Folha de S.Paulo sobre a suposta cobrança de propina para a compra de vacinas por parte do governo federal. Segundo o jornal, Dominguetti disse que apresentou proposta para vender a vacina AstraZeneca ao governo por US$ 3,50 a dose, e que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde teria proposto superfaturar o valor das vacinas em US$ 1 por dose para fechar o acordo.

Lista de convocados:
 
- Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados
- Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde
- Marcelo Bento Pires, coordenador de logística do Ministério da Saúde
- Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde
- Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde
- Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply no Brasil
- Cristiano Alberto Carvalho, procurador da Davati Medical Supply no Brasil
- Rodrigo de Lima, funcionário do Ministério da Saúde
- Rogério Rosso, ex-deputado e diretor da União Química
- Robson Santos da Silva, secretário de saúde indígena do Ministério da Saúde
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos
- Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos
- Antônio José Barreto de Araújo Junior, ex-secretário executivo do Ministério da Cidadania
- Danilo Berndt Trento, sócio da empresa Primarcial Holding e Participações LTDA
- Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica
- Gustavo Mendes Lima, gerente de medicamentos da Anvisa
- Luciano Hang, dono da rede de lojas varejistas Havan
- Antonio Jordão de Oliveira Neto, médico
- Adeílson Loureiro Cavalcante, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
- Silvio de Assis, empresário



Caixa encerra hoje pagamento do abono salarial

A Caixa encerra hoje (30) o pagamento do abono salarial do calendário 2020-2021, ano-base 2019. Os trabalhadores que atendem aos critérios para recebimento do benefício têm até esta data para saque dos valores nos canais disponibilizados pelo banco.

Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode realizar consulta por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pela central de atendimento ao trabalhador: 0800-726-0207, ou pelo site.

Segundo a Caixa foram disponibilizados 22,2 milhões de benefícios do ano-base 2019. Desse total, restam disponíveis para pagamento 327,6 mil benefícios no valor total de R$ 214 milhões, de acordo com dados atualizados até o dia 25 deste mês.

De acordo com a Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) nº 838, de 24 de setembro de 2019, fica assegurado ao trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos. Desta forma, os benefícios não sacados até 30 de junho de 2021 serão novamente disponibilizados para pagamento, nos calendários dos exercícios seguintes, até que se complete o prazo determinado.

A movimentação da conta Poupança Social Digital é realizada pelo aplicativo Caixa Tem, por meio do qual podem ser realizadas consultas de saldos e extratos, pagamentos de contas e boletos, transferências e compras na internet utilizando o cartão de débito virtual, gerado gratuitamente no próprio aplicativo. O Caixa Tem também permite compras no comércio por meio de um QR Code gerado pelo lojista na própria maquininha.

Como sacar

Trabalhadores que têm conta na Caixa (conta corrente ou poupança individual, com saldo e movimentação) recebem o crédito direto na conta e poderão movimentar os valores com a utilização do cartão da conta ou ainda pelo Internet Banking Caixa, pelo celular ou computador.
Para quem não possui conta na Caixa, foram abertas, de forma automática e gratuita,  a Conta Poupança Social Digital, movimentada pelo Caixa Tem.

Nos casos em que o valor do abono salarial não possa ser creditado em conta existente ou em Conta Poupança Social Digital, o trabalhador poderá realizar o saque com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui, bem como nas agências. Caso o trabalhador não tenha o Cartão do Cidadão, o valor do benefício pode ser recebido em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento oficial de identificação.

Abono salarial

Instituído pela Lei nº 7.998/90, o abono salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago aos trabalhadores conforme os requisitos previstos na lei. O pagamento é realizado conforme calendário anual estabelecido pelo Codefat. A Caixa é responsável pelo pagamento do abono salarial aos trabalhadores cadastrados no PIS, vinculados a entidades e empresas privadas. Já os trabalhadores do setor público têm inscrição Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil.

Quem tem direito

Para ter direito ao abono salarial, o trabalhador precisa: estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos; ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base; ter exercido atividade remunerada para pessoa jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais)/eSocial.

Próximo calendário

De acordo com a Resolução do Codefat nº 896, de 23 de março de 2021, os valores do pagamento do abono salarial, que tradicionalmente eram liberados no período de julho a junho do ano seguinte, passarão a ser pagos de janeiro a dezembro de cada exercício, com base nas informações prestadas pelos empregadores no ano anterior. Com essa alteração, o calendário 2022, ano-base 2020, terá início previsto para janeiro de 2022.

*Matéria alterada às 13h29 para acréscimo de informações.



Contas públicas registram déficit de R$ 15,5 bilhões em maio

As contas públicas registraram déficit primário de R$ 15,5 bilhões em maio. Em 2020, o déficit estava em R$ 131,4 bilhões, no mesmo mês.

De acordo com as estatísticas fiscais divulgadas hoje (30) pelo Banco Central, o déficit primário do Governo Central é de R$ 20,9 bilhões, enquanto os superávits ficaram em R$ 5,2 bilhões nos governos regionais, e de R$ 134 milhões nas empresas estatais. Nos primeiros cinco meses de 2021, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, registrou superávit primário de R$ 60,3 bilhões, ante déficit de R$ 214 bilhões no mesmo período de 2020.

De acordo com o BC, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$ 21,9 bilhões em maio, comparativamente a R$ 9 bilhões no mesmo mês de 2020. “Esse aumento foi influenciado pela evolução do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] no período, importante indexador da Dívida Líquida do Setor Público, que registrou valores negativos em abril e maio de 2020”, informa a autoridade monetária.

No acumulado em doze meses, os juros nominais ficaram em R$ 295,6 bilhões, o que corresponde a 3,73% do Produto Interno Bruto (PIB). Durante o mesmo período de 2020 (12 meses, terminados em maio), o total registrado ficou em R$ 355,7 bilhões (4,83% do PIB).

O resultado nominal do setor público consolidado (que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados) também foi deficitário no mês de maio, em R$ 37,4 bilhões. O déficit nominal acumulado nos últimos 12 meses alcançou R$ 724,3 bilhões (9,14% do PIB) – valor inferior ao acumulado até abril, que estava em R$ 827,2 bilhões (10,62% do PIB).

Dívidas líquida

A Dívida Líquida do Setor Público relativa ao mês de maio, de R$ 4,73 trilhões (59,7% do PIB), reflete, segundo o BC, “os impactos do déficit nominal (aumento de 0,5 ponto percentual), da valorização cambial de 3,2% no mês (aumento de 0,6 ponto percentual), e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,1 ponto percentual)”.

O BC acrescenta que a redução de 3 pontos percentuais na relação dessa dívida com o PIB decorre, sobretudo, do superávit primário acumulado (redução de 0,8 ponto percentual), da desvalorização cambial acumulada de 0,7% (redução de 0,1 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 pontos percentuais), e dos juros nominais apropriados (aumento de 1,7 ponto percentual).

Dívida bruta

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais ) foi reduzida em 3 pontos percentuais, atingindo R$ 6,696 trilhões em maio (84,5% do PIB). Nesse caso, a redução da dívida na relação com o PIB – de 1,1 ponto percentual, na comparação com abril – decorre principalmente do efeito da valorização cambial (redução de 0,2 ponto percentual), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 ponto percentual), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,1 ponto percentual), e da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 ponto percentual).

“No ano, a redução de 4,4 pontos percentuais na relação Dívida Bruta do Governo Geral/PIB decorre dos resgates líquidos de dívida (redução de 1,2 ponto percentual), do crescimento do PIB nominal (redução de 5,4 pontos percentuais), da desvalorização cambial acumulada (aumento de 0,1 ponto percentual) e da incorporação de juros nominais (aumento de 2,1 pontos percentuais)”, acrescenta o BC.



Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas

O nível de ocupação no país fechou o trimestre móvel encerrado em abril em 48,5%, ficando abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado. Ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. O menor nível foi verificado no trimestre encerrado em julho de 2020, quando o nível ficou em 47,1%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação está em 14,7%, com um total de 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país.

De acordo com a analista da pesquisa Adriana Beringuy, na comparação com o trimestre terminado em abril de 2020, quando a Pnad Contínua observou os primeiros efeitos da pandemia, o mercado de trabalho ainda registra perdas na ocupação, mas a queda ocorre num ritmo menor.

“Ainda registramos perdas importantes da população ocupada, de 3,7%, mas já tivemos percentuais maiores, que chegaram a 12% no auge da pandemia. Estamos observando, portanto, uma redução no ritmo de perdas a cada trimestre. No computo geral, contudo, temos menos 3,3 milhões de pessoas trabalhando desde o início da pandemia”, disse a analista.

A maioria dos indicadores da pesquisa ficaram estáveis no trimestre de fevereiro a abril, na comparação com o período de novembro a janeiro. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somavam 29,6 milhões, apresentando estabilidade no trimestre, mas na comparação anual houve queda de 8,1%, o que representa menos 2,6 milhões de pessoas, como destaca a analista.

“A carteira de trabalho está operando na estabilidade há um bom tempo, mas a categoria perdeu muito ao longo da pandemia. Já o emprego sem carteira no setor privado teve uma retração gigantesca no início da pandemia, caindo para 8,7 milhões em julho do ano passado e agora recuperou para 9,8 milhões. Ainda longe do recorde de outubro de 2019, quando havia 11,8 milhões de trabalhadores sem carteira”, disse Adriana Beringuy.

Informalidade

A redução do trabalho sem carteira em relação ao mesmo trimestre de 2020 foi de 3,7%, com menos 374 mil pessoas. Beringui aponta que entre as categorias profissionais, apenas os trabalhadores por conta própria aumentaram. O crescimento foi de 2,3%, ou mais 537 mil pessoas, totalizando 24 milhões de pessoas nesse que é um dos principais segmentos da informalidade.

“Essa forma de inserção no mercado tem um contingente mais elevado agora do que em abril de 2020. O montante já se aproxima do recorde dessa série, que foi no trimestre encerrado em janeiro do ano passado. Após sucessivas perdas anuais, teve uma recuperação de 2,8% no confronto anual e é a modalidade que mais vem recuperando trabalhadores nos últimos meses, com três trimestres consecutivos de recuperação. No trimestre foi 2,3% de crescimento”, disse a analista.

A taxa de informalidade ficou em 39,8%, com 34,2 milhões de trabalhadores informais, o que representa uma recuperação depois do menor nível, registrado em 37,4% em julho do ano passado. O recorde da informalidade ocorreu em outubro de 2019, com 41,3% ou 38,8 milhões de pessoas.

O grupo de trabalhadores informais inclui os sem carteira assinada no setor privado ou domésticos, por conta própria, empregadores sem CNPJ e os trabalhadores sem remuneração.

As trabalhadoras domésticas foram estimadas em 5 milhões, uma redução de 10,4%, ou menos 572 mil pessoas, frente ao mesmo trimestre do ano anterior. O número de empregados do setor público se manteve estável em 11,8 milhões.

O número de empregadores com CNPJ manteve o recorde de menor contingente da série histórica, iniciada no quarto trimestre de 2015, somando 3,1 milhões de empresas com funcionários.

Subutilização

A Pnad Contínua registrou alta de 2,7% no total de pessoas subutilizadas, chegando a 29,7% da população. Com mais 872 mil, são agora 33,3 milhões pessoas nessa situação, o maior contingente da série comparável.

“Houve um crescimento de 0,7 ponto percentual, são 33,3 milhões de pessoas. O indicador computa o clássico desocupado, os que embora estejam ocupados estão trabalhando menos horas do que gostaria e a força de trabalho potencial, que são aquelas pessoas que não estão exercendo pressão efetiva no mercado, não estão trabalhando nem procurando, mas estão disponíveis para assumir um trabalho caso surja a oportunidade. A taxa está subindo, já que há uma busca por crescimento do rendimento, isso é uma capacidade ociosa dos trabalhadores”, avalia Beringuy.

Os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 6 milhões de pessoas, número estável em relação ao trimestre anterior, se mantendo no maior patamar da série.

Setores e rendimento

O setor do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas reduziu em 2,3% o número de pessoas empregadas, com menos 373 mil no trimestre encerrado em abril, frente ao encerrado em janeiro. Houve aumento da ocupação apenas no grupo agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que subiu 6,5%, ou mais 532 mil pessoas.

Na comparação anual, a ocupação na indústria geral caiu 4,3%, no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas a queda foi de 6,7%, em transporte, armazenagem e correio a ocupação diminuiu 8,3%, o setor de alojamento e alimentação reduziu 17,7% outros serviços diminuíram 13,9%.

O rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável, na comparação trimestral, em R$ 2.532. A massa de rendimento real também ficou estável, somando R$ 212,3 bilhões.



Indicador de incerteza da economia brasileira volta a subir em junho

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 2,4 pontos em junho, para 122,3 pontos. Com o resultado, o indicador está 7,2 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil. O dado foi divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

“Além das incertezas com relação aos rumos da pandemia e às dificuldades enfrentadas nas campanhas de vacinação, a alta do Indicador de Incerteza em junho contou com novos ruídos, como a possibilidade de uma crise energética e o desenrolar da CPI da Covid-19 e da reforma tributária no Congresso. O novo repique faz com que o indicador volte a ficar acima dos 120 pontos e, logo, mais distante da normalização dos níveis de incerteza”, afirmou, em nota, a economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia.

Segundo a economista, a única notícia positiva do mês foi o recuo do componente de Expectativa, que retornou pela primeira vez ao nível pré-pandemia, de janeiro de 2020. O componente de Expectativas recuou em 7,7 pontos, para 115,7 pontos.

“O componente de Expectativa recua ao menor nível desde janeiro de 2020 e é a primeira vez que recupera as altas ocorridas de março a maio do mesmo ano. Dentre as variáveis usadas na construção deste componente, a queda mais expressiva foi na dispersão das previsões dos juros Selic, sinalizando que a percepção pelos mercados sobre o timing (tempo) e a intensidade do atual ciclo de alta dos juros está se tornando gradualmente mais homogênea”, disse Anna Carolina.



Capital paulista inicia vacinação de covid-19 para 43 e 42 anos

A prefeitura de São Paulo começa hoje (30) a vacinação contra a covid-19 de pessoas com 42 e 43 anos. A estimativa é de que sejam imunizadas 266 mil pessoas nessa faixa etária. Para receber a primeira dose da vacina é preciso apresentar um comprovante de residência do município de São Paulo, além de um documento com foto.

Na sexta-feira (2) haverá uma repescagem do público de 42 a 46 anos. No sábado (3) as 82 Unidades Básicas de Saúde (UBSs)/Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) Integradas aplicarão exclusivamente a segunda dose da vacina. De segunda-feira (5) a quarta-feira (7) da próxima semana, a capital abrirá a vacinação para a população de 41 anos, estimada em 132 mil pessoas. 

A imunização acontece nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), AMA/UBS Integradas, nos 17 SAEs (Serviços de Atenção Especializada), nos 15 mega postos com acesso a pedestres, nos mais de 130 postos volantes, na rede de farmácias parceiras e nos 20 postos que operam exclusivamente em sistema drive-thru. Em todos esses locais estão disponíveis a primeira e segunda dose do imunizante.

O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se a pessoa não tiver um documento em seu nome, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil (RG, certidão de nascimento, certidão de casamento ou escritura de união estável).

Aqueles que perderem o dia específico na semana para sua faixa etária podem tomar a vacina depois. Mesmo os pertencentes a outros grupos que não tenham se vacinado de acordo com o cronograma estabelecido podem se dirigir aos postos para receber a imunização. 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recomenda que a ida aos locais de vacinação aconteça de maneira gradual, evitando aglomerações nos postos, e com o pré-cadastro no site Vacina Já preenchido, para agilizar o tempo de atendimento.

No site Vacina Sampa, estão disponíveis a relação dos documentos necessários para comprovação de elegibilidade, modelos de declarações e a lista completa de postos de vacinação abertos na capital. É possível ainda consultar o tamanho da fila nos postos e o melhor momento para ir ao local escolhido. Não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico.



Desemprego bate recorde de 14,7%, diz IBGE

O número de pessoas desempregadas no Brasil subiu 3,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, elevando a taxa de desocupação para 14,7%. Frente ao trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa ficou em 14,2%, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, o que representa mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. A alta ante o mesmo trimestre móvel de 2020 é de 2,1 pontos percentuais.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, tanto a taxa quanto o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, no maior nível da série comparável, iniciada em 2012.

“O cenário foi de estabilidade da população ocupada, com 85,9 milhões, e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho. Depois de um ano como o de 2020, onde milhões de pessoas perderam trabalho, é de se esperar que tenhamos muitas pessoas buscando trabalho, depois de uma queda tão acentuada na ocupação.”

Ela explica que a procura por emprego continua alta, mas a oferta de vagas ainda está baixa, ou seja, a resposta do setor produtivo para absorver esses trabalhadores não está sendo suficiente.

“Dificilmente, depois de tudo o que ocorreu em 2020, você vai resolver a desocupação nos quatro primeiros meses de 2021. Nós vamos acompanhar ao longo do ano como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A oferta de mão de obra está ocorrendo, mas a gente tem que ver se os demandantes, que são as atividades econômicas, estão ofertando essas vagas. A melhora vai depender de fatores que envolvem a economia como um todo, como o consumo das famílias, a possibilidade de crédito. Tudo isso influencia fortemente essa reação.”



Estudos avaliam vantagens de maior intervalo da vacina AstraZeneca

O Ministério da Saúde distribuiu até agora cerca de 130 milhões de doses de quatro tipos de vacina contra covid-19 para todo o país. Quase metade é do imunizante desenvolvido pela universidade inglesa de Oxford com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e fabricado no Brasil pela Fiocruz.

Inicialmente, o intervalo entre as duas doses dessa vacina era de quatro semanas. Logo depois aumentou para três meses. Agora, os pesquisadores de Oxford indicam que pode ser mais vantajoso tomar a segunda dose 11 meses depois da primeira. Os dados preliminares mostram que esse intervalo maior pode aumentar a resposta imunológica até 18 vezes.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre a possibilidade de ampliar o intervalo entre as doses e destacou a importância dos estudos, mas que é preciso tomar a segunda dose no tempo estabelecido.

Ele disse que “em países mais pobres a imunização é feita com vários tipos de doações.” Frisou que é preciso respeitar a data da segunda dose anunciada no cartão de vacinação.

Ou seja, apesar das pesquisas, ainda é preciso - e muito importante - tomar a segunda dose da vacina na data indicada no cartão de vacinação. Outros estudos também são conduzidos, por exemplo, para avaliar a possibilidade de concluir o esquema vacinal com uma dose, no caso da Janssen, ou com duas doses nas demais vacinas, e, depois, tomar a terceira dose como reforço. Essa dose poderia ser da mesma vacina ou de outro imunizante.

Intercâmbio de vacinas

Os pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas, para aproveitar as diferentes respostas imunológicas provocadas por cada imunizante. Em Oxford, o teste é com a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer.

Renato Kfouri destacou que, entre os motivos para pesquisas desse tipo, está a vacinação em países mais pobres, que receberão doações de diferentes tipos de imunizante.

É o caso da cidade do Rio de Janeiro. Desde ontem, as gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca vão receber a segunda da Pfizer. No dia 12 de maio, o Ministério da Saúde decidiu que as grávidas não devem ser vacinadas com a AstraZeneca, devido ao risco de reações adversas.

Vale destacar que as pesquisas conduzidas pela Universidade de Oxford estão em fase inicial. São estudos de segurança e resposta imunológica, e ainda não têm dados sobre eficácia.

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Inscrições para o Enem 2021 começam nesta quarta-feira

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) inicia, nesta quarta-feira (30), as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.

Os interessados poderão se inscrever na Página do Participante, até 14 de julho. A taxa de inscrição é de R$ 85 e o pagamento deve ser feito por aqueles que não estão isentos, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

Os resultados finais das solicitações de isenção foram divulgados pelo Inep, no dia 25 de junho, e estão disponíveis na Página do Participante.

Os interessados em fazer o Enem 2021 deverão realizar a inscrição no exame, isentos ou não. O Inep preparou um passo a passo para ajudar na inscrição. Para isso, basta acessar a Página do Participante, no endereço eletrônico enem.inep.gov.br.

Provas

As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões também terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.



MP investiga corrupção em delegacia da Polícia Civil no Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre hoje (30) oito mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em uma operação que investiga um esquema de corrupção policial. O alvo da operação Carta de Corso é um grupo que atuou dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Polícia Civil, de março de 2018 a março de 2021.

Seis pessoas haviam sido presas até as 7h20 de hoje, entre elas, um delegado da polícia e outros quatro policiais.

De acordo com o MPRJ, o grupo exigia pagamentos de lojistas da rua Teresa, um polo comercial têxtil de Petrópolis, na região serrana fluminense, para permitir que eles continuassem vendendo roupas falsificadas.

O grupo, segundo a investigação, seria formado por dois núcleos. Um atuava ameaçando lojistas e recolhendo a propina e outro usava ilegalmente a estrutura da Polícia Civil para reprimir os lojistas que se recusavam a pagar os valores exigidos. Nessas diligências, os policiais teriam forjado provas e produzido laudos falsos.

A Polícia Civil informou que sua corregedoria já possui procedimentos abertos sobre o caso e que solicitará informações ao MPRJ sobre a operação de hoje para juntar às investigações.



Fundação conclui obras para reparar danos de rompimento de barragem

As obras de esgotamento sanitário com recursos compensatórios da Fundação Renova, responsável pelo processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), foram concluídas em três dos 39 municípios do estado e no Espírito Santo, que sofreram impacto do desastre ambiental na Bacia do Rio Doce. A barragem se rompeu em 5 de novembro de 2015 e provocou a morte de 19 pessoas.

Os primeiros a terminarem as obras são os municípios de São José do Goiabal e Sem Peixe, em Minas Gerais, e Colatina, no Espírito Santo. De acordo com a Fundação Renova, o investimento, de R$ 8,6 milhões, faz parte de um total de cerca de R$ 600 milhões que serão aplicados nos projetos e obras de esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos nos municípios atingidos pelo rompimento. Ações vão contribuir para melhorar a qualidade da água da Bacia do Rio Doce.

O gerente de Engenharia da Fundação Renova, Christiano Barros, informou que as obras concluídas vão beneficiar 132,4 mil pessoas e que 6,6 milhões de litros de esgoto sanitário deixarão de ser jogados por dia no rio. Ele afirmou que não tem a menor dúvida de que, ao término desse trabalho nos 39 municípios, a revitalização do Rio Doce trará ótimos resultados para eles. "A qualidade da água vai melhorar absurdamente”, disse em entrevista à Agência Brasil.

As obras, financiadas pela Renova, começaram em São José do Goiabal, em abril de 2019. Conforme a fundação, além de redes coletoras, elas incluíram interceptores, a execução de uma nova estação elevatória de esgoto e melhorias na estação final. As comunidades de Biboca, Patrimônio, Lagoa das Palmeiras, Messias Gomes e Isidoro foram beneficiadas com projetos de sistemas de esgotamento sanitário feitos com os recursos do programa.

A Renova revelou que até dezembro de 2020 foram repassados ao município cerca de R$ 4,6 milhões, e que o sistema de esgotamento poderá beneficiar diretamente até 5 mil moradores na sede da cidade. A obra contou ainda com recursos de outras fontes para a execução da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e de interceptores.

Antes, o esgoto gerado em São José do Goiabal era lançado in natura em pontos distintos de córregos do município, que estão localizados na Bacia do Rio Doce. Mesmo com a rede coletora e interceptores implantados na sede, esses dispositivos apresentavam problemas operacionais que necessitavam de reparos e até mesmo de substituição em sua maior extensão. O sistema contava ainda com duas estações elevatórias e uma ETE que não funcionava e tinha dimensões abaixo da capacidade para atender à vazão do projeto.

No município de Sem Peixe, conforme a fundação, foram aplicados mais de R$ 2 milhões, dos recursos que tinham sido previstos para redes coletoras, no sistema de esgotamento sanitário da sede e em projetos no distrito de São Bartolomeu, vilarejo de São Paulino e toda a zona rural. O projeto prevê atendimento de 100% da população da sede.

Em Colatina, no Espírito Santo, foram concluídas as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto no bairro Barbados (ETE Barbados). Lá, o projeto de saneamento beneficiará mais de 125 mil habitantes e teve investimentos de aproximadamente R$ 2 milhões. Com a ETE, o esgoto doméstico do município passará por processos de tratamento antes de retornar ao meio ambiente. A estimativa é de que a estação seja responsável pelo atendimento de 97,39% da população urbana na sede do município.

Operação assistida

A Lei do Saneamento de 2007, determina que cabe ao município o planejamento, licitações e implantação de obras no setor. Por isso, após a conclusão das obras, os municípios passam para a etapa de operação assistida, que é a última do processo. Segundo o gerente, esse período leva seis meses. Nela, o sistema é operado pela administração municipal em conjunto com a empresa responsável pela execução. A intenção é verificar todo o funcionamento da infraestrutura, incluindo a realização de testes e ajustes. São José do Goiabal avançou para essa fase em fevereiro deste ano.

Obras de recuperação da Bacia do Rio Doce
Obras de recuperação da Bacia do Rio Doce - Divulgação /Fundação Renova

Em Colatina, o município aguarda licença, a ser concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema), para iniciar a operação da Estação de Tratamento. Em Sem Peixe, a próxima fase do sistema de esgotamento sanitário da sede do município será a operação assistida da Estação de Tratamento de Esgoto.

Os recursos nesta etapa serão custeados pelo Programa de Saneamento da Fundação Renova. Depois da fase de operação assistida, a empresa que venceu a licitação assume a operação do sistema. “O município deixa de ser operador e passa a ser uma espécie de cliente da empresa que faz a concessão. É uma atividade que precisa de profissionais especializados, e a prefeitura passa atuar na parte dela que é de administração pública”. A operação passa a ser custeada pela concessionária.

Pandemia

Nos municípios de Ipatinga, Rio Casca, Córrego Novo, Rio Doce e Dionísio, em Minas Gerais, e Linhares, no Espírito Santo, as obras no âmbito do Programa de Coleta e Tratamento de Esgoto e Destinação de Resíduos Sólidos estão em andamento. Segundo Christiano Barros, a expectativa era concluir os trabalhos até o fim deste ano, mas a pandemia atrasou os projetos e não é possível determinar se a previsão vai se confirmar.

“Todas as vezes que os números relacionados à pandemia aumentam, por precaução e segurança de todos os profissionais que estão atuando, são tomadas algumas medidas que causam impacto direto. Em alguns municípios as obras chegam a ficar paralisadas por 15 dias e depois retomam muito lentamente, com as pessoas respeitando o distanciamento nos transportes, nos refeitórios, no próprio local de obras, ou seja, esse é um ponto que afeta diretamente os cronogramas”. Ele destacou que com o avanço da vacinação, a influência da pandemia deve se reduzir, de forma que os projetos possam evoluir.

Capacitação

Além da liberação dos recursos, a Fundação Renova precisou fazer a capacitação e o apoio técnico aos servidores dos municípios, como é o caso dos 30 municípios restantes que ainda estão em fase de desenvolvimento dos projetos e, por isso, sofrem menos impacto da pandemia. Conforme o gerente, os quadros das administrações municipais não têm o mesmo nível técnico, por isso foi necessária a habilitação.

Recursos compensatórios

Os recursos da Fundação Renova, de R$ 600 milhões, para os projetos e obras de esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos nos 39 municípios atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão são repassados por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

Barros destacou que as ações do Programa de Saneamento, além do impacto positivo no meio ambiente, contribuem para que os municípios atinjam as metas do novo Marco Legal do Saneamento Básico, sancionado em julho do ano passado pelo governo federal. O marco regulatório prevê a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenham acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto. “Esses 39 municípios da Bacia do Rio Doce - três já concluídos, seis com obras em andamento e 30 com projetos em andamento - saem na frente”, disse.

Revitalização

A coleta, o tratamento do esgoto e a destinação adequada dos resíduos sólidos são considerados fundamentais para a revitalização do Rio Doce. De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH–Doce), 80% do esgoto doméstico gerado pelos municípios ao longo da bacia seguem diretamente para o rio, sem nenhum tratamento, poluindo os cursos d’água. Além disso, grande parte dos resíduos sólidos urbanos coletados é disposta em lixões, causando impactos ambientais, como a proliferação de vetores, poluição visual, alteração da qualidade do solo e das águas subterrâneas, entre outros.

Fundação Renova

A Fundação Renova, entidade privada sem fins lucrativos, foi criada por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) para gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão. O TTAC foi assinado em março de 2016 pela empresa Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos. 



Botafogo recebe Vitória em busca de recuperação na Série B

O Botafogo recebe o Vitória na noite desta quarta-feira (30), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), pela oitava rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro carioca busca quebrar a incômoda sequência de três jogos sem vitórias. A partida com início às 21h30 (horário de Brasília) será transmitida ao vivo pela Rádio Nacional, com narração de Felipe Rangel, comentários de Mário Silva, reportagem de Mauricio Costa e plantão de notícias com Luiz Ferreira. 

Na última rodada, a equipe carioca perdeu fora de casa, por 2 a 0, para o Sampaio Corrêa. O Alvinegro abriu a rodada na 10ª posição com oito pontos, mas já se encontra na 11ª colocação. O Glorioso não vence o Vitória desde 2015. De lá para cá, foram três jogos: duas vitórias dos baianos e um empate. No retrospecto geral, os dois times já se enfrentaram em 20 oportunidades. E o equilíbrio é total. São seis vitórias de cada time e oito empates, com 26 gols marcados por cada uma das equipes.  

Do lado baiano, o grande desafio do treinador Ramon Menezes é encontrar uma forma de o time ser mais efetivo. Com apenas cinco gols marcados, o Leão está na zona de rebaixamento, em 18ª lugar, com seis pontos, tendo vencido apenas um de sete jogos.