9/30/2021

BC projeta déficit de US$ 21 bilhões para contas externas

A nova projeção do Banco Central (BC) para o saldo das contas externas neste ano passou de um superávit de US$ 3 bilhões para um déficit de US$ 21 bilhões (1,3% do PIB). O resultado corresponde a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

A previsão das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (30). No documento, o órgão elevou a estimativa de crescimento da economia de 4,6% para 4,7% em relação ao relatório anterior, de junho.

Segundo o BC, a projeção das contas externas reflete, em grande medida, a expectativa de menor saldo da balança comercial, com aumento das importações de US$ 210 bilhões para US$ 239 bilhões em 2021.

“O aumento de preço de bens intermediários, em parte relacionado aos impactos globais da pandemia, aliado à rápida recuperação nas compras internacionais da indústria brasileira, foi fator determinante para o aumento na projeção das importações. Adicionalmente, houve aumento expressivo da importação de combustíveis nos últimos meses, simultaneamente à elevação dos preços internacionais desses produtos. No atual cenário de escassez hídrica, espera-se que essa demanda continue elevada até o fim de 2021”, diz o relatório.

Ainda com relação às importações, de acordo com o BC, vêm ganhando relevância algumas operações não computadas nas estatísticas alfandegárias da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, mas que afetam o balanço de pagamentos. Em especial, destacam-se as importações no âmbito do Repetro, que é o regime que suspende a cobrança de tributos federais de exportação e importação de bens para pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, principalmente as plataformas de exploração.

As compras crescentes de criptoativos, como a criptomoeda bitcoin, outro item fora da apuração da Secex, também contribuíram para o aumento da projeção das importações. O BC explica que criptoativos não são considerados ativos financeiros, porque não têm contraparte devedora, nem são considerados moeda, então, são classificados como ativos não financeiros, por isso são considerados no âmbito da balança comercial

Nas exportações, o BC manteve a previsão de valor recorde de US$ 282 bilhões, refletindo o patamar elevado dos preços das commodities no ano, apesar de alguma retração mais recentemente, em especial do minério de ferro. Houve ainda melhora no cenário para as vendas internacionais de produtos manufaturados, que devem terminar o ano em patamar semelhante ao de 2019, pré-pandemia. De acordo com o relatório, as exportações de semimanufaturados no primeiro semestre sinalizam resultados positivos para o final de 2021, com os preços dos produtos de ferro e aço mantendo níveis elevados.

Na conta de serviços, houve ligeira redução na projeção do déficit, de US$ 19 bilhões para US$ 17 bilhões, resultado de retorno mais lento que o antecipado das viagens internacionais e menores despesas com aluguel de equipamentos no setor de petróleo, consequência, em parte, da nacionalização de plataformas de exploração no âmbito do Repetro. Na renda primária, houve pequeno ajuste na conta de lucros e dividendos, de déficit de R$ 28 bilhões para déficit de US$ 27 bilhões.

Investimento estrangeiro

No caso de um país registrar saldo negativo em transações correntes, ele precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o Investimento Direto no País (IDP), porque os recursos são aplicados no setor produtivo.

A projeção para os ingressos líquidos de IDP foi reduzida de US$ 60 bilhões (4% do PIB) para US$ 55 bilhões (3,4% do PIB) em 2021. Em 2020, foram registrados US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB) de investimentos externos no Brasil.

“Apesar da recuperação no componente participação de capital ocorrer em linha com o previsto, a desaceleração das operações intercompanhia [por exemplo, quando a matriz no exterior investe na filial no Brasil] tem sido mais rápida do que previamente esperado”, explicou o BC.

Para os investimentos em carteira, manteve-se a projeção para o ano, de US$ 21 bilhões, que deve registrar entradas líquidas pela primeira vez desde 2015.

“A elevação do diferencial de juros entre o Brasil e economias avançadas aumenta a atratividade dos instrumentos de dívida locais, fazendo com que as compras por estrangeiros de títulos emitidos no país sejam determinantes para os fluxos de entrada em carteira. Por outro lado, as entradas líquidas em ações e fundos têm diminuído nos últimos meses, possivelmente impactadas pelas incertezas relacionadas à crise hídrica e ao cenário fiscal”, diz o relatório.



Banco Mundial diz que Brasil é o sétimo líder em governo digital

O Banco Mundial avaliou o Brasil como o sétimo país com a mais alta maturidade em governo digital no mundo. O resultado, divulgado pelo governo federal hoje (30), faz parte de um ranking, calculado pelo índice GovTech Maturity Index 2020 do banco, que avalia o estado atual da transformação digital do serviço público em 198 economias mundiais.

De acordo com o ranking, o Brasil ficou à frente de todas as demais nações das Américas, incluindo Estados Unidos e Canadá.

À frente do Brasil, constam apenas Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e Reino Unido. Além disso, o Brasil é o único país entre os dez primeiros que tem mais de 100 milhões de habitantes.

Segundo o governo, o resultado se deve ao avanço da plataforma gov.br, que hoje já dispõe de mais de 115 milhões de usuários. No início de 2019, os acessos eram feitos por cerca de 1,8 milhão de pessoas. A plataforma permite o acesso a diversos serviços digitais e facilita a obtenção de informações e o relacionamento do cidadão com o governo.

O índice GovTech do Banco Mundial avaliou 198 economias globais sob quatro aspectos: suporte aos principais sistemas de governo; aprimoramento da prestação de serviços; integração do engajamento do cidadão; e incentivo às habilidades digitais das pessoas no setor público, ao regime legal e regulatório apropriado, à capacitação e à inovação.

O Brasil foi destaque em soluções digitais de impacto massivo, como auxílio emergencial, Meu INSS, seguro desemprego e seguro desemprego do empregado doméstico, carteiras digitais de trabalho e de trânsito e o PIX.



Presidente Bolsonaro sanciona lei da inelegibilidade

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que altera a legislação sobre inelegibilidade, permitindo a candidatura de quem teve contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas julgadas irregulares, sem danos ao erário. A candidatura vale para os casos que tenham sido punidos exclusivamente com pagamento de multa.

O texto, sancionado sem vetos, foi publicado hoje (30) no Diário Oficial da União (DOU) e altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. A lei alterada estabelecia que são inelegíveis, por oito anos, para qualquer cargo, os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.

De acordo com a secretaria-geral da Presidência da República, “o texto vai evitar sanções desproporcionais para quem foi punido por infrações meramente formais, com pequeno potencial ofensivo, que não tenham causado danos ao Erário nem enriquecimento ilícito aos agentes”.

“Desse modo, a sanção presidencial assegura evitar que a punição excepcional e grave de inelegibilidade seja imposta de forma desarrazoada e atentatória aos direitos políticos fundamentais, sem descuidar, no entanto, da proteção à moralidade, à probidade administrativa e da garantia da normalidade e legitimidade das eleições”, disse a secretaria.



Crédito concedido por bancos deve crescer 12,6% este ano, estima BC

O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 12,6% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (30) em Brasília. O resultado vem do crescimento de 16,2% no crédito para famílias e de 8% para pessoas jurídicas.

A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior, de 11,1%. “O aumento decorre de surpresas positivas nos últimos três meses nos saldos de pessoa física, em linha com a recuperação da mobilidade e o avanço da vacinação”, diz o relatório.

As modalidades de crédito pessoa física com recursos livres tiveram a variação do saldo revisada de 14% para 18% e as com recursos direcionados de 13% para 14%. Nos financiamentos às empresas, as projeções foram mantidas, de crescimento de 13% com recursos livres e de estabilidade nos direcionados.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

Análise

De acordo com o BC, o crescimento relativamente mais elevado para as famílias reflete a perspectiva de gradual melhora no mercado de trabalho. Nos dados do mercado de crédito bancário destacam-se as trajetórias do cartão de crédito à vista e do crédito pessoal não consignado. Os financiamentos imobiliários também continuaram impulsionando o crescimento do saldo do crédito pessoa física, entretanto, a elevação em curso das taxas de juros contribui para atenuar o crescimento das novas contratações de crédito imobiliário.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, elevou pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista para a política monetária para conter o avanço da inflação. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

No segmento de pessoas jurídicas, as empresas de maior porte devem continuar a buscar fontes de financiamento alternativas ao crédito bancário doméstico, como captações no exterior e emissões de títulos de dívida, que tiveram aumento relevante nos últimos meses.

“Esse movimento contribui para arrefecer a demanda por crédito bancário pessoa jurídica. Adicionalmente, a menor expansão do crédito esperada também decorre de um processo de normalização da alavancagem das empresas, em especial daquelas que aumentaram seus financiamentos nos momentos mais críticos da crise sanitária em 2020 e 2021 por motivos precaucionais”, diz o relatório.

Segundo o BC, no crédito direcionado para as empresas, a amortização gradual dos programas emergenciais de crédito deve contribuir para essa desaceleração na carteira de pessoa jurídica, mesmo com a nova rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), iniciada em julho.

Para 2022, a projeção é de 8,5% do estoque de crédito, uma desaceleração que se aplica tanto a pessoas físicas (11,1%) como jurídicas (5%). “Essa menor taxa de expansão do crédito nominal decorre do menor ritmo de crescimento esperado da atividade econômica e do ciclo atual de aperto monetário”, diz o relatório. “Em conjunto, as projeções de crescimento do estoque total de crédito para 2021 e 2022 indicam gradual desaceleração em comparação a 2020 e trajetória mais equilibrada de endividamento das empresas.”

Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas.



Campanha Nacional de Multivacinação começa nesta sexta

O Ministério da Saúde anunciou hoje (30) o início da Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos de vacinação localizados em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

Durante a cerimônia de lançamento da campanha, que se inicia amanhã (1º de outubro) e vai até o dia 29, as autoridades destacam o papel importante que pais e responsáveis têm para o sucesso da campanha com público-alvo de crianças e adolescentes até 15 anos.

Eles, no entanto, manifestaram também preocupação com a queda nos índices de vacinação que vêm sendo observados desde 2015. Segundo eles, em parte isso é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

De acordo com o secretario de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é “mais relevante” porque o governo vem identificando, desde 2015, uma “tendência de queda nos índices de vacinação”. Segundo ele, essa queda tem, entre suas causas, o “desconhecimento sobre a importância da vacina, as fake news, os grupos antivacinas e o medo de eventos adversos”. Aponta também como causa os horários de funcionamento das unidades de saúde que, às vezes, são incompatíveis com as novas rotinas da população.

Preocupação similar manifestou o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire. “A campanha publicitária é importante e urgente, porque temos de combater de forma dura as fake news e o movimento antivacina que vem estimulando a população a não procurar a vacina e, assim, ficar desprotegida”.

O ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, reiterou que a pandemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e acrescentou que seu sucesso tem por base a unicidade que abrange os âmbitos federal, estadual e municipal.

“O Brasil tem cultura de vacinação, e isso tem se mostrados nos números da covid-19, em um patamar de 60% vacinados com as duas doses. Temos agora 30 dias para vacinar nossas crianças com idade de até 15 anos. São vacinas seguras, e a gente incentiva que os pais levem as crianças para que possamos erradicar essas doenças”, disse.

Segundo o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda em isolamento após diagnóstico de covid-19, o governo já trabalha com a possibilidade de ampliar o período inicial previsto para a Campanha Nacional de Multivacinação. “Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é muito grande, e que existem realidades diferentes no país”, antecipou.



BC eleva projeção de crescimento da economia de 4,6% para 4,7%

A nova projeção do Banco Central (BC) para o crescimento da economia em 2021 ficou praticamente estável. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 4,6% para 4,7%.

A informação consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgada hoje (30).

Segundo o órgão, a projeção depende da continuidade do esfriamento da pandemia de covid-19, da diminuição dos níveis de incerteza econômica ao longo do tempo e da manutenção do regime fiscal de controle das contas públicas. Entretanto, há fatores que restringem o ritmo de recuperação no segundo semestre deste ano e durante o ano seguinte.

“No curto prazo, choques de oferta afetam negativamente atividade e consumo. Adicionalmente, o ciclo de aperto monetário, cujos efeitos devem ser sentidos principalmente em 2022, tende a diminuir o ritmo de fechamento do hiato [da crise econômica]”, diz o relatório.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou novamente a taxa básica de juros, a Selic, para 6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista da política monetária para conter o avanço da inflação.

As informações utilizadas para a projeção também já incluem os preços mais elevados da energia elétrica em razão da crise hídrica, mas não contemplam cenário de restrições diretas ao consumo de eletricidade.

Outros riscos apresentados pelo BC são a própria evolução da pandemia, que segue sendo monitorada, e ações que piorem as expectativas sobre a trajetória fiscal, “que podem pressionar as avaliações de risco e a confiança dos agentes, com impactos negativos, possivelmente defasados, sobre a atividade econômica e os investimentos em particular”.

Por outro lado, segundo o BC, os indicadores econômicos recentes sugerem continuidade da evolução positiva da atividade doméstica, com “recuperação robusta” do crescimento da economia ao longo do segundo semestre.

“A continuidade do arrefecimento da pandemia e os níveis de confiança maiores que os vigentes há três meses favorecem a recuperação da atividade e do mercado de trabalho. Em horizonte mais amplo, a normalização da cadeia de insumos industriais, mesmo que apenas gradual, também deve ter efeitos positivos sobre o crescimento. As perspectivas para agropecuária e indústria extrativa, em ambiente de preços internacionais de commodities ainda elevados, também são positivas”, diz o relatório.

Oferta e consumo

Pelo lado da oferta, houve aumento das previsões de crescimento para o setor de serviços e redução para os demais. Segundo o BC, há uma tendência natural de redução na demanda por bens à medida que as famílias voltam a consumir mais serviços.

A revisão para o setor terciário, de 3,8% para 4,7%, foi influenciada por resultados melhores do que esperados no segundo trimestre, em especial em serviços de informação e outros serviços. Por outro lado, o segmento de outros serviços, que engloba atividades como alojamento e alimentação e atividades artísticas e culturais, ainda se encontra em “patamar deprimido”, mas deve continuar apresentando crescimento ao longo dos próximos trimestres, influenciado pela recuperação da mobilidade diante progresso da vacinação contra covid-19.

De acordo com o relatório, na indústria, a previsão de crescimento recuou de 6,6% para 4,7%, repercutindo, em especial, piora nas projeções para a indústria de transformação, pelas dificuldades nas cadeias de suprimentos e preços de insumos pressionados. Além disso, há pressão sobre a produção e distribuição de eletricidade, gás e água, já que a crise hídrica está ocasionando aumento da participação de usinas termoelétricas no total da energia elétrica produzida, com impacto negativo sobre o valor adicionado da atividade.

Já a revisão na projeção de crescimento da agropecuária, de 2,5% para 2%, reflete, principalmente, estimativas menores para a produção do milho segunda safra e da cana-de-açúcar em razão da intensificação de problemas climáticos.

Pelo lado da demanda, houve alta nas previsões para o consumo do governo, de 0,4% para 0,9%, sugerindo retorno aos níveis pré-pandemia em ritmo “ligeiramente mais elevado”.

Na formação bruta de capital fixo das empresas, a projeção passou de 8,1% para 16%, em especial, pela expectativa de importações no âmbito do Repetro, que é o regime que suspende a cobrança de tributos federais de exportação e importação de bens para pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, principalmente as plataformas de exploração. As boas perspectiva para o setor da construção também influenciaram o aumento na projeção.

“As taxas de juros para financiamentos permanecem em níveis favoráveis, vendas e lançamentos de imóveis residenciais encontram-se em patamares elevados e houve melhora recente da confiança dos empresários do setor”, diz o relatório.

Em sentido oposto, o BC espera um crescimento menor para o consumo das famílias, de 3,3% ante previsão de 4% do último relatório de inflação, divulgado em junho. De acordo com o documento, apesar da expectativa de crescimento robusto ao longo da segunda metade do ano, a revisão para baixo foi motivada pela estabilidade do consumo das famílias no segundo trimestre. Naquele período, segundo o BC, esperava-se um resultado mais positivo diante de fatores como continuidade da recuperação do mercado de trabalho e da mobilidade, retorno do auxílio emergencial e antecipação do abono salarial e do 13º salário de aposentados.

As exportações e as importações de bens e serviços, em 2021, devem variar, na ordem, 5% e 14,2%, ante projeções anteriores de 6,8% e 10,7%, respectivamente. O ligeiro recuo nas exportações repercute as menores safras de milho e cana-de-açúcar e a redução no crescimento esperado dos embarques de produtos semimanufaturados e de minério de ferro. Já a alta na estimativa para as importações decorre, principalmente, do aumento esperado nas importações no âmbito do Repetro.

Inflação

Já a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2021 em 8,5%, no cenário com taxa de juros (Selic) em 8,25% ao ano em 2021 e 6,75% ao ano em 2022 e câmbio partindo de R$ 5,25. No relatório anterior, em junho, a projeção era 5,82%.

A estimativa está acima da meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

Caso a projeção se concretize, será a inflação mais alta desde 2015, quando atingiu 18,07%. O BC também projeta que a inflação deve ser de 3,7% em 2022 e 3,2% em 2023.

Em agosto, o IPCA fechou no maior nível para o mês desde 2000 e acumula alta de 9,68% em 12 meses, pressionado pelos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica. A inflação acumulada no ano até agosto é de 5,67%.

Em 2020, a inflação terminou em 4,52%, acima do centro da meta de inflação para o ano, de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância, de 2,5% a 5,5%.

“A pressão sobre os preços deve continuar se revelando intensa e disseminada. O choque sobre preços de bens industriais não deve se dissipar no curto prazo, como sugerem indicadores recentes de preços ao produtor e a continuidade dos gargalos nas cadeias de produção que afetam alguns segmentos. Ao mesmo tempo, os preços de serviços devem continuar em trajetória de normalização, em linha com a recuperação da demanda no setor. Assim, as medidas de inflação subjacente devem se manter em patamar elevado nesse horizonte. Adicionalmente, também se espera alta significativa em preços de alimentos e preços administrados, destacando-se a forte alta nas tarifas de energia que decorre do acionamento da bandeira tarifária de escassez hídrica”, afirma o relatório do BC.

Com a alta da inflação, o BC elevou a Selic pela quinta vez consecutiva, de 5,25% para 6,25% ao ano e deve promover nova alta na próxima reunião do Copom, em outubro. A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.



PF faz ação contra lavagem de dinheiro em empresas de medicamentos

A Polícia Federal cumpre hoje (30) mandados de busca e apreensão em oito endereços na Grande São Paulo e em Passos (MG). As ações compõem a Operação Acurácia, 14ª fase da Operação Descarte, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos. Os crimes foram cometidos, segundo a polícia, para garantir contratos favoráveis às empresas dos investigados com empresas públicas federais.

A PF informou que identificou várias operações comerciais e financeiras simuladas para desviar o dinheiro de empresas da área de medicamentos para empresas de fachada. O objetivo, de acordo com as investigações, era, com essas operações forjadas, fazer saques de dinheiro em espécie para pagar propina a agentes políticos que favoreciam o grupo investigado em contratos em estatais.

A polícia investiga a participação de executivos, funcionários e sócios das empresas envolvidas no esquema.

As primeiras fases da Operação Descarte foram lançadas em 2018 para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que teve origem na fiscalização de duas empresas que teriam feito transações com doleiros.



Indicador de Incerteza da Economia avança 14,3 pontos

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 14,3 pontos em setembro, para 133,9 pontos, o maior nível desde março de 2021. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), comparando-se à série histórica anterior à pandemia de covid-19, período em que foram registrados níveis inéditos de incerteza no Brasil e no mundo, este seria o segundo maior nível de incerteza, ficando abaixo apenas de setembro de 2015, quando o indicador alcançou 136,8 pontos.

“Entre os fatores que contribuíram para alta estão as diversas crises do momento – política, institucional e hídrica, o cenário fiscal indefinido, a inflação ascendente e dúvidas remanescentes quanto à pandemia que injetaram uma dose adicional de incerteza no mês. Com todos esses choques, dificilmente o indicador convergirá para a (já elevada) média 2015-2019 em 2021, como parecia ser possível alguns meses atrás”, afirmou, em nota, a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia.

Segundo o estudo, os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em setembro.

“O componente de mídia subiu 14,2 pontos, para 132,6 pontos, maior nível desde agosto de 2020, uma contribuição de 12,4 pontos para o índice agregado. O componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu 8,8 pontos, para 125 pontos, maio nível desde abril, contribuindo de forma positiva em 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br”, informou a FGV.



PF investiga desvios de recursos destinados ao combate à covid-19

Um grupo criminoso especializado em fraudar licitações e praticar irregularidades contratuais é alvo da Operação Vesalius, da Polícia Federal (PF). Com o apoio da Controladoria-Geral da União, os policiais federais investigam a atuação da quadrilha nos municípios de Santa Luzia, Bernardo do Mearim e Imperatriz, no Maranhão, em contratos relacionados a recursos públicos federais destinados ao combate à pandemia da covid-19.

Segundo a PF, a investigação teve origem a partir do relatório sobre os indícios de irregularidades nas compras públicas de insumos e bens, elaborado pela Central de Operações Estaduais da Secretária da Fazenda do Maranhão, para o combate à covid-19, no período de 1º de março a 31 de maio de 2020.

“Entre as irregularidades apontadas, constatou-se inexistência da empresa contratada no local para o qual foi obtida a inscrição, falta de capacidade econômica, indícios de simulação de vendas e superfaturamento”. A simulação de compra investigada teve como objeto o fornecimento de respiradores.

Ao todo 28 policiais federais e cinco servidores da CGU cumpriram sete mandados de busca e apreensão, expedidas pela 2ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Maranhão.



Crise nos postos de combustível no Reino Unido está controlada

O Reino Unido disse nesta quinta-feira (30) que uma crise nos postos de combustível causada por uma falta acentuada de caminhoneiros está controlada, mas muitas bombas continuavam fechadas em Londres, obrigando motoristas a passar horas circulando ou parados em filas para abastecer.

Em uma semana caótica que testemunhou pessoas brigando em postos e outras enchendo garrafas de água com gasolina, ministros britânicos dizem repetidamente que a crise está se amenizando, mas na quarta-feira ordenaram que soldados começassem a conduzir caminhões-tanque.

"Essa crise agora é algo que absolutamente voltou ao controle", disse o secretário-chefe do Tesouro, Simon Clarke.

Repórteres da Reuters visitaram sete postos de combustível de Londres e áreas adjacentes nesta quinta-feira. Dois estavam abertos. Uma fila de dezenas de motoristas se estendia de um dos postos em funcionamento, no qual empregados tentavam organizar a fila.

A Associação de Varejistas de Petróleo (PRA), que representa varejistas de combustível independentes que respondem por 65% dos 8.380 postos britânicos, disse na quarta-feira que 27% de seus membros relataram ter ficado sem combustível e que acredita que a situação melhorará mais nas próximas 24 horas.

A crise dos postos provoca desprezo em algumas capitais europeias, e políticos de alto escalão insinuam que a falta de caminhoneiros é uma consequência clara da decisão do referendo de 2016 para o Reino Unido deixar a União Europeia.

Ministros britânicos insistem em negar que o Brexit tenha relação com a crise, mas dezenas de milhares de caminhoneiros da UE partiram durante o caos da desfiliação e também citam os lockdowns da Covid-19, que impediram dezenas de milhares de exames de habilitação.

Indagado se o Reino Unido estaria em uma posição melhor se não tivesse saído do mercado comum, Clarke respondeu: "Eu realmente não aceito isso".

"A ideia de que isto diz respeito ao Brexit é tentar nos levar de volta ao que na verdade temo ser uma conversa bastante negativa a respeito de oportunidades passadas", disse.

"Se você olhar a situação na Alemanha, se olhar a situação na Polônia, se olhar a situação na França, eles também têm estes problemas", disse.



Tempo de aprender: termina hoje prazo para apresentar Plano de Gestão

Termina hoje (30) o prazo para que as escolas que aderiram ao programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação (MEC), preencham o Plano do Sistema de Gestão da Alfabetização (SisAlfa). O preenchimento do Plano viabiliza o repasse de recursos que serão destinados às escolas de 1º e 2º ano do ensino fundamental.

O objetivo do programa, que conta com mais 4,6 mil escolas participantes, é melhorar a qualidade da alfabetização em todas as escolas públicas do país. O MEC informou que para receberem os recursos do ministério, as escolas deverão preencher alguns dados no sistema SisAlfa.

Entre as informações que precisam ser disponibilizadas estão a indicação da equipe de coordenação local do programa, com a designação dos diretores escolares e também o preenchimento dos dados sobre o plano de atendimento. Após essa etapa será possível receber os recursos do programa.

“Até o momento, mais de 35 mil Planos de Atendimento foram preenchidos, totalizando mais de 22 mil unidades escolares de 3.096 municípios. Ressalta-se que para acessar o SisAlfa, todos os usuários devem providenciar o cadastramento prévio dos dados no sistema gov.br. O login e a senha utilizados para a conta de cada usuário no gov.br serão os mesmos a serem utilizados para acessar o SisAlfa”, informou o MEC.



IBGE: desemprego cai para 13,7% no trimestre encerrado em julho

A taxa de desocupação caiu 1 ponto percentual no trimestre encerrado em julho, indo para 13,7% na comparação com o trimestre finalizado em abril. Mesmo com a queda, o país tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho. Os dados foram divulgados hoje (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que produziu a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Segundo o instituto, houve aumento de 3,6% no número de pessoas ocupadas, com mais 3,1 milhões no período analisado, chegando a 89 milhões de pessoas.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, disse que, com isso, o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual, para 50,2%, primeira vez acima de 50% desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020.

“Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país”, afirmou.

Empregos recuperados

A analista explicou que, no trimestre e no ano, houve recuperação dos empregos com carteira assinada. Mas ainda há 5 milhões de pessoas ocupadas a menos do que no período pré-pandemia.

“Se você olhar do ponto de vista da população ocupada, a gente está em 89 milhões. Bem no início de 2020 estávamos na casa de 94 milhões, ou seja, ainda temos cinco milhões a menos do que no período pré-pandemia. Mas houve um crescimento bastante significativo da população ocupada, que volta a ficar acima dos 50%, mas ainda é bem menor do que o que tínhamos no período pré-pandemia. O crescimento maior no trimestre e no ano foi do emprego com carteira”, afirmou Adriana.

O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na comparação com o mesmo período de 2020, o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.

A mesma pesquisa também indicou que houve aumento nos postos de trabalho informais, com a expansão do trabalho por conta própria sem Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e do emprego sem carteira no setor privado. Com isso, a taxa de informalidade subiu de 39,8% do trimestre móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.

O número de empregados no setor privado sem carteira cresceu 6% na comparação trimestral, para 10,3 milhões de pessoas. Em um ano, esse contingente subiu 19%.



PRF libera, na Bahia, trecho da BR 101 onde acidente matou 12 pessoas

Já está liberado o trecho da BR-101, na altura da cidade de Eunápolis , no sul da Bahia, onde, na noite de ontem (29), um acidente envolvendo um caminhão que carregava eucalipto, um ônibus e uma van deixou 12 mortos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, entre as vítimas estão os motoristas do ônibus e da van e uma criança.

Na colisão, pelo menos outras 17 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave. Elas foram encaminhadas a hospitais em Eunápolis e Porto Seguro. O motorista do caminhão fugiu do local sem prestar socorro às vítimas e a expectativa é de que ainda hoje ele se apresente à polícia de Eunápolis.

Como foi

O acidente aconteceu por volta das 20h da última quarta-feira no Km 703 da rodovia. Segundo a PRF, o caminhão ia em direção a Itabuna, na Bahia, quando, em uma curva, a última carroceria do veículo tombou e se soltou do veículo.

As toras de eucalipto atingiram o ônibus e a van que estavam no sentido contrário da pista. O ônibus fazia a linha Itacaré/Porto Seguro, e a van, ia para a cidade de Itabuna.



Termina hoje prazo para declarar imposto sobre propriedade rural

O prazo de entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2021 acaba hoje (30). A expectativa da Receita Federal é receber 5,9 milhões de declarações.

Pessoas e empresas que são proprietárias, titulares do domínio útil ou possuidoras de qualquer título do imóvel rural estão obrigadas a apresentar o documento. Quem não apresentar a DITR no prazo está sujeito a uma multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido.

A declaração deve ser elaborada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, disponibilizado na página da Receita Federal, e transmitida pela internet. Se, após a apresentação, o contribuinte perceber erros ou falta de informações, poderá enviar uma declaração retificadora.

O valor do imposto pode ser pago em até quatro parcelas iguais, mensais e sucessivas, sendo que nenhuma delas pode ser inferior a R$ 50. O imposto de valor inferior a R$ 100 deve ser pago em quota única. Os valores devem ser pagos até o último dia do prazo para a apresentação da DITR. 

Instrução normativa

Todas as regras para a entrega da DITR de 2021 foram definidas pela Instrução Normativa nº 2.040/2021, da Receita Federal. De acordo com a norma, também está obrigada a entregar a declaração a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2021 e a data da apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural pelo novo proprietário.

Para ajudar na declaração, a Receita Federal disponibiliza os núcleos de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), uma parceria com instituições de ensino superior que oferece serviços contábeis e fiscais à população. Durante a pandemia, também há núcleos operando de forma remota. Os locais de atendimento e os respectivos contatos estão disponíveis na página da Receita Federal.



Microempreendedores individuais têm até hoje para regularizar débitos

Termina hoje (30) o prazo para os microempreendedores individuais (MEIs) regularizarem o pagamento dos impostos devidos desde 2016 ou há mais tempo. Caso não quitem os tributos e as obrigações em atraso ou não parcelados, os MEIs serão incluídos na Dívida Ativa da União. A inscrição acarreta cobrança judicial dos débitos e perda de benefícios tributários.

De acordo com a Receita Federal, os MEIs que tiverem apenas dívidas recentes, em razão das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19, não serão afetados. Também não serão inscritas as dívidas de quem realizou parcelamento neste ano, mesmo que haja alguma parcela em atraso ou que o parcelamento tenha sido rescindido.

Os débitos sob cobrança podem ser consultados no Programa Gerador do DAS para o MEI. Por meio de certificado digital ou do código de acesso, basta clicar na opção "Consulta Extrato/Pendências" e, em seguida, em "Consulta Pendências no Simei". O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para quitar as pendências pode ser gerado tanto pelo site quanto por meio do Aplicativo MEI, disponível para celulares Android ou iOS.

Ainda é possível fazer o pagamento ou parcelamento das dívidas acessando o Portal e-CAC . O passo a passo sobre o parcelamento também está disponível no Portal Gov.br .

De acordo com a Receita, existem 4,3 milhões de microempreendedores inadimplentes, que devem R$ 5,5 bilhões ao governo. Isso equivale a quase um terço dos 12,4 milhões de MEIs registrados no país. No entanto, a inscrição na dívida ativa só vale para dívidas não quitadas superiores a R$ 1 mil, somando o valor principal, multa, juros e demais encargos. Atualmente, o Brasil tem 1,8 milhão de microempreendedores nessa situação, que devem R$ 4,5 bilhões.

Para ajudar na regularização, a Receita Federal disponibiliza os núcleos de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), uma parceria com instituições de ensino superior que oferece serviços contábeis e fiscais a pessoas físicas de baixa renda, MEIs e organizações da sociedade civil.

Durante a pandemia, também há núcleos operando de forma remota. Os locais de atendimento e os respectivos contatos estão disponíveis na página da Receita Federal.

Dívida ativa

Com um regime simplificado de tributação, os MEIs recolhem apenas a contribuição para a Previdência Social e pagam, dependendo do ramo de atuação, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou o Imposto sobre Serviços (ISS). O ICMS é recolhido aos estados e o ISS, às prefeituras.

Em caso de não pagamento, o registro da dívida previdenciária será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), para cobrança na Justiça, com acréscimo de 20% a título de encargos com o processo. Nesse caso, os débitos poderão ser pagos ou parcelados pelo portal de serviços da PGFN, o Regularize .

A dívida relativa ao ISS e/ou ao ICMS será transferida ao município ou ao estado, conforme o caso, para inscrição em Dívida Ativa municipal e/ou estadual. O MEI terá de pagar multas adicionais sobre o valor devido, de acordo com a legislação de cada ente da Federação.

Com a inscrição em dívida ativa, o microempreendedor deixa de ser segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e perde benefícios como auxílio-doença e aposentadoria; tem o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) cancelado; é excluído do Simples Nacional pela Receita Federal, estados e municípios, que têm alíquotas mais baixas de imposto; e pode ter dificuldades para conseguir financiamentos e empréstimos.



Caixa paga auxílio emergencial a nascidos em setembro

Trabalhadores informais nascidos em setembro recebem hoje (30) a sexta parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício tem parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.

O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro é depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta corrente.

Também hoje, recebem a sexta parcela do auxílio emergencial os participantes no Bolsa Família com Número de Inscrição Social (NIS) de final 0. Para esse público, o pagamento da parcela termina hoje, último dia útil de setembro.

As datas da prorrogação do benefício foram anunciadas em agosto.

Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros estão sendo beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio é pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo).

Calendário de pagamento da sexta parcela do auxílio emergencial
Calendário de pagamento da sexta parcela do auxílio emergencial - Caixa/Divulgação

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.

O pagamento da sexta parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 17 e segue até hoje. O auxílio emergencial somente é depositado quando o valor é superior ao benefício do programa social.

Calendário de pagamento da sexta parcela do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família
Calendário de pagamento da sexta parcela do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família - Divulgação/Caixa

Em todos os casos, o auxílio é pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

O programa se encerraria em julho, mas foi prorrogado até outubro , com os mesmos valores para as parcelas.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.



Adiada por um ano devido à pandemia, Expo Dubai será aberta hoje

Anunciada como o maior evento internacional aberto ao público desde o início da pandemia de covid-19, a Expo 2020 Dubai será aberta oficialmente hoje (30) com uma cerimônia às 12h30 (19h30 no horário local), nos Emirados Árabes Unidos. A realização da exposição ocorre com um ano de atraso, devido ao novo coronavírus.

A entrada dos visitantes, no entanto, só será permitida a partir de amanhã (1º). Nos seis meses de evento, são esperados 25 milhões de pessoas, apesar de alguns acharem que, devido à pandemia, será difícil atingir esse número.

A cerimônia de hoje será transmitida em telões espalhados por 430 locais em todo o país, incluindo hotéis, shopping centers e aeroportos, com apresentações de artistas internacionais como Andrea Bocelli, Ellie Goulding, Andra Day, Angelique Kidjo e Lang Lang. Para o resto do mundo, será possível acompanhar pela internet .

Esta é a primeira vez que uma exposição mundial será realizada em um país árabe. Realizadas desde 1851, as exposições são conhecidas por reunir diferentes nações e por buscar soluções inovadoras para desafios mundiais. Desde 2000, vêm sendo realizadas de cinco em cinco anos (com exceção de Dubai, por causa da pandemia). A última tinha sido em Milão (Itália), em 2015. A próxima será em 2025, nas cidades japonesas de Osaka e Kansai.

A Expo 2020 terá como tema “Conectando mentes, criando o futuro” e focará em soluções para sustentabilidade, mobilidade e oportunidades.

Segundo o diretor da agência de promoção do turismo de Dubai, Issam Kazim, a expectativa é que 70% do público da Expo sejam visitantes internacionais. “O evento será um marco importante na história de Dubai. Temos trabalhado e continuaremos trabalhando para garantir que os visitantes tenham uma experiência inesquecível desde o momento em que colocarem os pés em Dubai, ao visitarem a Expo 2020, até o momento em que retornarem ao destino de origem”, disse ele à Agência Brasil.

Para receber um público esperado de milhões de pessoas, uma gigantesca estrutura foi erguida. Em uma área de 4,38 quilômetros quadrados, mais de 190 países construíram seus próprios pavilhões, separados em três distritos, cada um voltado para um dos subtemas da Expo 2020: sustentabilidade, mobilidade e oportunidades.

Tudo isso em torno de um mega domo, o Al Wasl, uma estrutura de treliças de aço, com 67 metros de altura e 130 metros de diâmetro. Também foram feitas ampliações na rede de metrô e em rodovias do emirado.

É como se um bairro inteiro tivesse sido construído em menos de uma década, nas areias de Dubai. Nada surpreendente para uma cidade que passou de pequena área pesqueira para uma metrópole global em poucas décadas.

Na verdade, o local da Expo realmente se transformará em um bairro da cidade árabe, após o evento. Cerca de 80% das estruturas serão aproveitadas como moradias e também como ambiente de negócios, além de continuar funcionando como atração turística.

As exposições mundiais, aliás, costumam deixar legados arquitetônicos que se transformam em atrativos para viajantes. É o caso da Torre Eiffel, construída para a exposição de 1889, em Paris, e o Atomium, em Bruxelas (1958).

Além dos pavilhões que servirão como cartões de visita dos países participantes, haverá atrações culturais e de lazer para famílias e crianças, apresentações artísticas, encontros de negócios e semanas temáticas, em que se discutirão questões específicas como clima e biodiversidade, água, exploração espacial, saúde e bem-estar, entre outros.

"O evento está sendo organizado tendo em vista a construção de um legado, e tudo o que foi construído permanecerá após o evento, incluindo os edifícios e a infraestrutura de transporte. Além do legado que deixaremos, levaremos a Expo a um público verdadeiramente global e inspiraremos as pessoas a visitarem Dubai e a retornarem posteriormente para uma experiência de viagem memorável”,disse Kazim.

Brasil

O Brasil montou seu pavilhão no distrito da sustentabilidade. A estrutura brasileira promete aos visitantes uma imersão em visões, sons e cheiros do país. Entre suas atrações está uma lâmina d’água, representando rios e lagos do país, por onde as pessoas poderão caminhar.

A ideia é também aproveitar a feira como uma oportunidade de geração de negócios para empresas brasileiras, já que se espera que a maioria dos visitantes seja de árabes, chineses e indianos, imensos mercados para os produtos e serviços nacionais.

Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o país aposta na exposição como uma vitrine para “reposicionar” sua imagem perante a comunidade internacional e superar a crise econômica depois de meses de pandemia.

*O repórter viaja a convite da Apex-Brasil



Receita paga hoje restituições do último lote do IR 2021

A Receita Federal paga nesta quinta-feira (30) as restituições do quinto e último lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2021. Estão sendo depositados R$ 562 milhões para 358.162 contribuintes.

Além dos contribuintes que entregaram a declaração no prazo, até 31 de maio, a Receita pagará restituição a contribuintes que entregaram a declaração com atraso, até 15 de setembro, e não caíram na malha fina.

O restante tem prioridade legal, sendo 4.955 contribuintes idosos acima de 80 anos, 47.465 contribuintes entre 60 e 79 anos, 4.927 contribuintes com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e 19.211 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

A partir do próximo mês, o Fisco só liberará as restituições a contribuintes que tenham caído na malha fina em 2021 ou em anos anteriores e tenham retificado a declaração, corrigindo inconsistências ou erros de informação.

Inicialmente prevista para terminar em 30 de abril, o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física foi encerrado em 31 de maio por causa da segunda onda da pandemia de covid-19. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil de cada mês.

Como consultar

A consulta pode ser feita na página da Receita Federal da internet. Basta o contribuinte clicar no campo “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, “Consultar Restituição”. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS.

Quem não está na lista pode consultar o extrato da declaração para verificar eventuais pendências. Nesse caso, o contribuinte deverá entrar na página do Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC) < https://cav.receita e verificar se há inconsistências de dados. Nessa hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A restituição fica disponível no banco durante um ano. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento da Receita por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.



Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio de R$ 12,8 milhões

A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (30) prêmio acumulado em R$ 12,8 milhões. As seis dezenas do concurso 2.414 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Este é o segundo sorteio da Mega-Semana da Primavera, que oferece uma chance extra ao apostador. O próximo será realizado no sábado (2).

As apostas podem ser feitas até as 19h nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

De acordo com a Caixa, caso um apostador leve o prêmio da faixa principal e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 38 mil de rendimento no primeiro mês. A aposta mínima, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Lotomania

A Lotomania terá mais um sorteio semanal a partir desta sexta-feira (1º). Os dias da semana dos concursos também mudam: passam de terças e sextas para as segundas, quartas e sextas-feiras, sempre a partir das 20h.

Com a mudança, as pessoas terão mais uma chance para apostar na Lotomania, que completa 22 anos do primeiro sorteio no próximo sábado.

O concurso 2.218 ocorre na sexta-feira, iniciando o novo calendário com três sorteios semanais da modalidade, e o prêmio está acumulado em R$ 8 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio, nas lotéricas de todo o país, no portal Loterias Caixa e no app Loterias Caixa. O valor da aposta única custa R$ 2,50.



9/29/2021

Botafogo empata com Vitória e segue vice-líder da Série B

O Vitória e o Botafogo não saíram do 0 a 0 na noite desta quarta-feira (29), no estádio do Barradão, em Salvador, pela 27ª rodada da Série B.

Com o resultado, o time do Rio de Janeiro se manteve na vice-liderança do torneio. Agora, o time do Nilton Santos tem 48 pontos e está a cinco pontos do líder Coritiba. Por outro lado, o Vitória segue afundado dentro do Z4. Com apenas 26 pontos, a equipe ocupa a 18ª posição com três pontos de diferença do Brusque (primeira equipe fora da zona de rebaixamento).

O próximo compromisso do Botafogo será contra o Avaí dentro de casa no sábado (2). E o Vitória segue a briga para escapar do rebaixamento à Série C contra o Goiás, fora de casa no mesmo dia.

CSA bate Ponte Preta no Rei Pelé

O CSA derrotou a Ponte Preta por 2 a 1 no estádio Rei Pelé, em Maceió. O primeiro gol do confronto foi marcado pela Macaca pelo lateral Rafael Santos aos 14 minutos de jogo. O jogador acertou um chute muito forte da intermediária e acertou o ângulo do goleiro Thiago Rodrigues.

O CSA empatou aos 35 ainda da etapa inicial. O atacante Iury Castilho aproveitou o rebote do goleiro Ivan, driblou a marcação e estufou as redes. A virada do time da casa saiu aos 51 minutos da etapa final, quando o meia Gabriel converteu uma penalidade máxima.

Com os três pontos, o time de Maceió chegou aos 41, alcançou a 4ª vitória seguida e subiu uma posição, chegando ao 7º lugar. Do lado da Macaca de Campinas, o time continua com 32 pontos na 14ª posição. Agora, o CSA se prepara para o clássico estadual contra o CRB no sábado no estádio Rei Pelé. No mesmo dia a Ponte Preta receberá o Vila Nova.



Flamengo e Palmeiras fazem quarta final brasileira da Libertadores

A final entre Flamengo e Palmeiras da Libertadores da América será a quarta da história entre duas equipes do Brasil. Após derrotar o Barcelona de Guayaquil (Equador) por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (29) no estádio Monumental, o Rubro-Negro e o Verdão disputarão a competição continental no dia 27 de novembro no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai).

A final da Libertadores de 2021 será a segunda consecutiva com a presença do Palmeiras, que na edição anterior superou o Santos por 1 a 0 no estádio do Maracanã para ficar com o título.

A primeira edição da Libertadores com final brasileira foi em 2005, quando o São Paulo ficou com o título após derrotar o Athletico-PR. Um ano depois o time do Morumbi voltou a buscar o título continental, mas o troféu ficou com o Internacional.



Libertadores: Flamengo derrota Barcelona e faz final com o Palmeiras

O Flamengo garantiu a classificação para a decisão da Libertadores da América, onde enfrenta o Palmeiras no dia 27 de novembro no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai). A classificação do Rubro-Negro veio após derrotar o Barcelona de Guayaquil (Equador) por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (29) no estádio Monumental.

O grande destaque da partida foi o atacante Bruno Henrique, que, assim como na partida de ida das semifinais, disputada na última semana no estádio do Maracanã, marcou os dois gols da vitória Rubro-Negra.

No primeiro tempo, empurrado por sua torcida, o Barcelona deu trabalho ao goleiro Diego Alves, que defendeu finalizações de Léon, Castillo e Martínez. Mas a eficiência foi do Flamengo, que, aos 17 minutos, abriu o placar. Everton Ribeiro fez lançamento no meio da defesa para Bruno Henrique, que, com um toque, driblou o goleiro Burrai para depois bater para o gol livre.

Com a vantagem no marcador, o Rubro-Negro recuou suas linhas nos últimos minutos da etapa inicial e deixou a bola com a equipe da casa, que pouco criou.

A dupla Everton Ribeiro e Bruno Henrique voltou a brilhar logo aos 4 minutos da etapa final, quando Gabriel Barbosa lançou o camisa 7 pela direita, que cruzou rasteiro para o camisa 27 marcar o segundo da partida.

A partir daí coube ao clube da Gávea administrar a vantagem para garantir presença na grande decisão do dia 27 de novembro.



Fiocruz: atraso na segunda dose da vacina contra covid-19 está em 11%

A Fundação Oswaldo Cruz lançou hoje (29) o primeiro Boletim VigiVac, que acompanha o cumprimento do esquema vacinal proposto contra a covid-19. Dessa forma, é verificada a efetividade das vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil.

Os primeiros resultados, feitos com base nos dados lançados até o dia 15 de setembro, mostram que a taxa de atraso nacional para todas as vacinas é de 11%, sendo de 15% para a Astrazeneca, 33% para a CoronaVac e 1% para a Pfizer-BioNTech. A Fiocruz ressalta, no entanto, que a vacinação com o imunizante da Pfizer começou apenas em maio e que a quantidade de indivíduos em possível atraso ainda é pequena.

Para a AstraZeneca e a Pfizer, foram considerados 84 dias de intervalo para a segunda dose, e para a CoronaVac o prazo é 28 dias. O painel leva em conta os indivíduos que tomaram a primeira dose e que ainda não tomaram a segunda. A situação de atraso é caracterizada após 14 dias da data prevista para a segunda injeção.

Em um recorte estadual, o Ceará tem a maior proporção de pessoas em atraso para a segunda dose, com 33%, e o Rio Grande do Norte tem a menor proporção, com 5,4%. Em números absolutos, São Paulo está com 1,25 milhão de pessoas que tomaram a primeira dose e não voltaram na data prevista para a segunda, Rio de Janeiro tem 956,9 mil e Bahia tem 907,5 mil que não retornaram aos postos. Os menores números são em Roraima (21,5 mil), Acre (28,3 mil) e Amapá (31,1 mil).

O boletim completo pode ser acessado aqui.

A Fiocruz destaca que o atraso da segunda dose pode “comprometer seriamente a efetividade das vacinas no país” e, portanto, “é de extrema importância realizar este monitoramento para promover ações que atuem de forma assertiva na resolução do problema”.

Os dados são atualizados semanalmente e podem ser visualizados de forma interativa, nos âmbitos municipal e estadual, além de por tipo de vacina, com o percentual e o número de indivíduos em atraso para completar a imunização contra a covid-19. Segundo a Fiocruz, “o objetivo do painel é apoiar os gestores públicos a identificar municípios que precisam de suporte para acelerar a vacinação da segunda dose”.