5/31/2022

Goiás vence Bragantino nos pênaltis e avança na Copa do Brasil

O Goiás garantiu a última vaga das oitavas de final da Copa do Brasil após vencer o Bragantino na disputa de pênaltis por 9 a 8, na noite desta terça-feira (31) no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.

A vaga teve que ser definida nas penalidades máximas porque nos 90 minutos o Esmeraldino triunfou por 1 a 0, após vitória de 2 a 1 do Massa Bruta no confronto de ida no estádio da Serrinha.

Com a bola rolando, o Goiás venceu graças a gol do volante Matheus Sales aos 42 minutos do primeiro tempo.

Como o placar agregado ficou igual, em 2 a 2, a vaga teve que ser definida na disputa de pênaltis. Nas penalidades máximas os goleiros brilharam, com Cleiton pegando quatro cobranças (de Fellipe Bastos, Nicolas, Caetano e Danilo Barcelos) e Tadeu cinco (Alerrandro, Aderlan, duas vezes, e Artur, duas vezes).



Câmara aprova medida provisória que unifica sistemas de cartórios

O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira (31) uma medida provisória (MP) que  unifica sistemas de cartórios de todo o país por meio da efetivação do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp). O texto foi aprovado hoje no Senado e agora segue para sanção presidencial e inclui várias mudanças na legislação sobre registro de imóveis e registro civil. 

O Serp, além de unificar o sistema cartorial, vai permitir registros e consultas pela internet. O texto da MP prevê a implantação do sistema até 31 de janeiro de 2023. Após a implantação, as certidões serão extraídas por meio reprográfico ou eletrônico, ou seja, os oficiais de registro estarão dispensados de imprimir certidões (civil ou de títulos). As certidões eletrônicas devem ser feitas com o uso de tecnologia que permita ao usuário imprimi-las e identificar sua autenticidade, conforme critérios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com a medida, o Serp, que deve conectar as bases de dados de todos os tipos de cartórios, será implantado e gerenciado pelos oficiais de registros públicos de todo o país, com adesão obrigatória. O operador nacional do sistema será uma entidade privada, na forma de associação ou fundação sem fins lucrativos, a ser regulamentada pela Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

* Com informações da Agência Câmara de Notícias
 



Caixa paga Auxílio Brasil a beneficiários com NIS final zero

A Caixa Econômica Federal paga nesta terça-feira (31) a parcela de maio do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final zero. O valor mínimo do benefício é R$ 400. As datas seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre datas de pagamento, valor do benefício e composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Atualmente, 17,5 milhões de famílias são atendidas pelo programa. No início do ano, 3 milhões foram incluídas.

Benefícios básicos

O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.

Podem receber o benefício famílias com renda per capita até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e até R$ 200, em condição de pobreza.



Exposição Atrás da Grande Muralha pode ser vista até esta semana

Esta é a última semana para o público visitar a exposição Atrás da Grande Muralha: Nova Arte Chinesa e Brasileira, que termina a temporada no Museu de Arte de Brasília (MAB) no próximo domingo (5).

A exposição foi aberta no dia 23 de março e agora segue para o Rio de Janeiro (RJ), no Centro Cultural Correios, e depois para a Campinas (SP), no Instituto CPFL. 

A curadoria criou a exposição especialmente para o público brasileiro. Um dos objetivos é mostrar as diferentes maneiras pelas quais os artistas utilizam elementos tradicionais da própria cultura, como a caligrafia, a tinta chinesa e os vestígios da pintura realista socialista, para criar obras criativas e de impacto, voltadas a questões atuais e globais.

Segundo a organização do evento, os trabalhos traduzem esteticamente a pandemia de covid-19, as desigualdades da globalização, a fragilidade da matéria, os problemas ambientais, a hipocrisia humana e o território estreito e desolador do preconceito.

Para reunir as obras expostas no Brasil, o curador Clay D’Paula fez várias viagens à China, e algumas obras foram criadas especialmente para a exposição. Um ponto alto é a relação que alguns artistas brasileiros estabelecem com a cultura chinesa.

“É tão forte, que quando o visitante chegar às salas da exposição será praticamente impossível para ele determinar se a obra foi criada por um artista chinês ou brasileiro. Há uma convergência estética imensa entre os dois grupos. É justamente essa confluência cultural que me estimulou a produzir a exposição, que levou quatro anos para ser organizada”, disse  Clay, em nota.

Os artistas participantes são Pu Jie, Angel HUI Hoi Kiu, Zinan Lam, Glênio Lima, Yao Lu, Ilana Lansky, Lígia de Medeiros, Taigo Meireles, Mzyellow, Raquel Nava, Wilson Neto, Christus Nóbrega, Alberto Oliveira, Heloisa Oliveira, Fernanda Pacca, Phil, Sanagê, Dulce Schuck Schunck, Joseph Tong, O Tropicalista, Wang Wu, Sun Xun, Tianli Zu.

 

 



CCBB RJ inicia comemorações pelos 95 anos de Ariano Suassuna

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ) promove, de 1º a 13 de junho, uma série de eventos gratuitos em homenagem aos 95 anos do dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, professor e advogado, Ariano Suassuna, que seriam completados no próximo dia 16. 

As atividades complementam a exposição Movimento Armorial 50 Anos, celebrados em 2020, que se encontra aberta no local até 27 de junho. O movimento foi idealizado por Suassuna e tinha como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste, buscando convergir e orientar todas as formas de expressões artísticas, entre elas música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema e arquitetura.

Serão realizados cinco encontros musicais - Música Armorial -, com curadoria da equipe de consultores da mostra, e cinco palestras Conversas sobre Arte Armorial, cuja curadoria é do poeta e escritor Carlos Newton Júnior.

Além desses dez eventos, Manuel Dantas Suassuna, filho de Ariano, apresentará no dia 8 de junho a Aula Espetaculosa – do Mendigo ao Pintor. A apresentação estabelece conexão entre as apresentações musicais e os encontros e tem a participação especial de Isaar França, cantora que participou das famosas aulas-espetáculo de Ariano Suassuna. Essas atividades acontecerão somente no Rio de Janeiro. Os ingressos podem ser obtidos em https://www.eventim.com.br ou na bilheteria do CCBB, a partir das 9h do dia de cada evento, sujeito à lotação.

Música armorial

 homenagem a Ariano Suassuna no CCBB RJ
homenagem a Ariano Suassuna no CCBB RJ - Divulgação/CCBB RJ

No dia 1º de junho, a série Musica Armorial abre o evento e traz ao palco do CCBB RJ uma mescla entre o erudito e as raízes do popular. Do Paraná vem o Rosa Armorial, grupo formado por músicos pesquisadores, com programação que inclui composições próprias e de grandes nomes da música armorial, às 19hs, no Teatro II do local. No dia 2 de junho, às 19h, no mesmo Teatro II, se apresenta o grupo Quarteto de Cordas da Universidade Federal Fluminense (UFF) que, com 37 anos de existência, se dedica a pesquisar e divulgar o repertório camerístico brasileiro.

Do Rio de Janeiro, o Duo Ana de Oliveira e Sergio Raz apresenta, no dia 3, obras de importantes compositores brasileiros que contribuíram para o movimento armorial. No sábado (4), às 19h, a Paraíba, estado onde nasceu Ariano Suassuna, é representado pelo Quinteto da Paraíba, formado por músicos premiados no Brasil e no exterior.

No domingo (12), às 18h, o show Música Antiga da UF ocorre no Teatro I do CCBB RJ. Os integrantes do grupo se aperfeiçoaram no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, tornando-se mestres e doutores na prática da Performance Historicamente Informada. Para a série, o grupo preparou programa que apresenta o sebastianismo, desde sua origem até os desdobramentos nas várias regiões do Brasil, incluindo alguns romances e canções de tradição oral.

Palestras

No dia 9 de junho, às 18h30, no auditório do 3º andar do CCBB RJ, terão início as conversas sobre Arte Armorial. Nesse dia, falarão o músico, professor e pesquisador do Departamento de Antropologia da Universidade Federal Fluminense, Daniel Bitter, e a intérprete e compositora Isaar França. Eles abordarão os romances nordestinos e a música armorial, passando pela trajetória do Quinteto Armorial, da Orquestra Armorial e da Orquestra Romançal Brasileira, o canto na música armorial, a experiência do canto armorial nas aulas- espetáculo de Ariano Suassuna, as influências da música armorial na cena musical brasileira e a discografia armorial.

A segunda conversa será sobre Artes Visuais, no dia 10, às 18h30. Os participantes são Alexei Bueno, poeta, crítico literário, crítico de arte, antologista e ensaísta, e Anna Paola Baptista, historiadora da arte, curadora, atual diretora dos museus Castro Maya, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Eles conversarão sobre a xilogravura popular nordestina e as características da pintura armorial, envolvendo a obra de Gilvan Samico, de Francisco Brennand e sua relação com o Movimento Armorial, além da obra do próprio Ariano Suassuna no campo das artes plásticas.

No dia 11 de junho, com início previsto para as 15h, a terceira conversa será sobre Literatura, a cargo de Bráulio Tavares, escritor, dramaturgo, compositor e poeta, autor de artigos e livros sobre a cultura popular e a obra de Ariano Suassuna, e Cláudio Neves, poeta, crítico literário e ensaísta. Os dois especialistas falarão sobre o romanceiro popular nordestino e a literatura armorial, entre outros temas.

A quarta conversa acontecerá no dia 12, às 15h, e versará sobre Teatro. Participam Ligia Vassallo, professora universitária, pesquisadora na área do teatro, ensaísta, autora de O Sertão Medieval: origens europeias do teatro de Ariano Suassuna (1993), primeira pesquisa publicada em livro sobre o teatro do autor como um todo, e Inez Viana, atriz e diretora teatral, que dirigiu recentemente duas montagens de peças de Ariano Suassuna. Elas discorrerão sobre as origens do teatro armorial, as tragédias e as comédias de Ariano Suassuna e sua influência para o estabelecimento de um teatro do Nordeste, as montagens da obra do escritor e os pressupostos da poética armorial: cenários, figurinos, música.

 homenagem a Ariano Suassuna no CCBB RJ
homenagem a Ariano Suassuna no CCBB RJ - Divulgação/CCBB RJ

No dia 13, 18h30, ocorrerá a última conversa, sobre Dança. Para falar sobre o assunto, foram convidados Maria Paula Costa Rêgo, bailarina e coreógrafa, que fundou com Ariano Suassuna o Grupo Grial, além de ter assinado a coreografia de vários números de dança apresentados nas aulas-espetáculo de Suassuna; e Pedro Salustiano, bailarino popular. Eles abordarão as experiências da dança armorial, os espetáculos populares e a dança popular.

A coordenação geral da programação dos eventos é da diretora Regina Rosa de Godoy, idealizadora e produtora executiva da exposição sobre o Movimento Armorial.



Prêmio Amaerj Patrícia Acioli abre inscrições para quatro categorias

Serão abertas hoje (31) as inscrições para a décima segunda edição do Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos, que vai distribuir até R$ 17 mil para os melhores trabalhos nas categorias Práticas Humanísticas, Reportagens Jornalísticas e Trabalhos Acadêmicos. O segundo e o terceiro colocados receberão R$ 12 mil e R$ 6 mil, respectivamente. Os três primeiros colocados terão ainda troféus, e os demais finalistas serão homenageados com menções honrosas.

Na quarta categoria, que envolve Trabalhos dos Magistrados, não haverá premiação em dinheiro. Os três primeiros colocados receberão troféus.

O Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi criado em 2012 pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro. As inscrições podem ser feitas no site da associação. O prazo para apresentação dos trabalhos é até 10 de agosto. Um júri composto por especialistas de destaque nas quatro áreas se encarregará de selecionar os premiados. Haverá cinco finalistas por categoria.

Segundo informou a Amaerj, por meio de sua assessoria de imprensa, será concedido ainda o prêmio hors concours a personalidade com notável atuação na área de direitos humanos e cidadania, escolhida pelos magistrados fluminenses. A solenidade de premiação ocorrerá no dia 7 de novembro, no Tribunal de Justiça do Rio.

O prêmio é uma homenagem à juíza Patrícia Acioli, que era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, e foi morta em 2011, em Niterói, por policiais militares. A premiação visa a “identificar, disseminar, estimular e homenagear as ações em defesa dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas e trabalhos na área”.

Na última edição, o prêmio recebeu 231 inscrições. 



Cem anos do rádio no Brasil: o padre brasileiro que inventou o rádio

padre Landell de Moura
Cem anos do rádio no Brasil: Padre Landell de Moura conviveu com um pé na fé e outro na ciência - Acervo do biógrafo Hamilton Almeida


“Toquem o Hino Nacional!” Essas foram as primeiras palavras que o padre brasileiro Roberto Landell de Moura (1861-1928) disse na inédita demonstração pública de transmissão de rádio, em 16 de julho de 1899. A revelação é do escritor Hamilton Almeida biógrafo do inventor do rádio, graças a uma obstinada pesquisa em jornais da época. O escritor dedica-se a desvendar há 45 anos a vida daquele brasileiro injustiçado pela história e que ainda pouca gente conhece. 

Todos os detalhes sobre esse evento histórico, de caráter mundial, ainda muito pouco reconhecido e que tem mais elementos de brasilidade do que poderia se supor, estarão nas páginas do livro sobre o ousado padre, e que deve chegar às livrarias ainda neste mês de junho. Padre Landell: o brasileiro que inventou o wireless (editora Insular) é a quinta obra de Almeida sobre o inventor. O evento ocorreu 23 anos antes da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil, em 7 de Setembro de 1922.  A 100 dias do centenário da rádio, conhecer de onde vieram as primeiras ondas que se espalharam no ar ajuda a entender, neste século 21, a dimensão do feito pioneiro dessa tecnologia.

Acompanhe: Rádios MEC e Nacional abrem celebrações do Centenário do Rádio

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Aventura em São Paulo

Naquele final de século 19, o público ficou boquiaberto com as palavras e com o hino. Não havia dúvida de que aquele 16 de julho de 1899 simbolizava a genialidade humana. Houve até quem chamasse de bruxaria. Mas era um padre que fazia a transmissão de áudio entre o Colégio Santana, de onde ele era pároco, na zona norte de São Paulo, até a Ponte das Bandeiras, a cerca de quatro quilômetros de distância. Aquela data, de primeira demonstração pública de transmissão radiofônica, que vai completar 123 anos.


Hamilton Almeida buscou rastros e desvendou lacunas da vida do inventor pelo Brasil e em outros países. Quando fazia faculdade de jornalismo, ouviu de um professor chileno (Julio Zapata) que um padre brasileiro era o verdadeiro inventor do rádio e não o físico italiano Guglielmo Marconi, que criou o telégrafo. 


“Vi que a história do brasileiro estava incompleta e que ele era vítima de uma injustiça. Eu fui juntando as peças. Busquei centenas de pessoas que trabalharam e conviveram com ele, além dos documentos espalhados por muitos lugares”, afirma o biógrafo.  

 

Duas experiências públicas de Landell de Moura em São Paulo foram documentadas. A segunda experiência, no ano seguinte da primeira, foi publicada em apenas um veículo, o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro,

padre Landell de Moura
Cem anos do rádio no Brasil : Padre Landell de Moura produziu um equipamento que deixou o público boquiaberto - Foto: Hamilton Almeida

O primeiro livro publicado por Hamilton saiu nos anos 1980 em Porto Alegre, terra do Padre Landell. Em 2004, o autor publicou obra na Alemanha. Na obra mais recente, o autor resolveu desvendar detalhes sobre o dia da transmissão de rádio e também sobre a busca do padre por patentear as descobertas. “Quando ele colocou a voz em em uma onda de rádio, ele abriu a porta para as comunicações sem fio. E isso é legado para os nossos dias, como o telefone celular. Ele fez descobertas que acabaram gerando uma série de outras descobertas desde então.

Landell, segundo explica o biógrafo, patenteou o rádio no Brasil e nos Estados Unidos. “Eu consegui aprofundar uma série de aspectos nessa nova pesquisa. Tem uma informação também que eu considero muito importante é que a invenção dele nos Estados Unidos foi reconhecida por outros inventores. Consegui encontrar provas disso (e estão no livro)”.

padre Landell de Moura
Cem anos do rádio no Brasil : Padre Landell de Moura conseguiu patentear invento nos Estados Unidos em 1901. Acervo do biógrafo Hamilton Almeida

O escritor explica que Landell queria continuar pesquisando. Por isso, ele buscou correr para patentear a descoberta. Ele não tinha recursos da igreja ou público para isso. “Ele solicitou recurso, mas ninguém deu apoio nenhum. Nunca ganhou nenhum dinheiro. Apenas perdeu, na verdade. Ele saiu dos Estados Unidos endividado porque foi para lá com a intenção de ficar um ano (em 1901). Mas acabou ficando três anos e meio”. Para o invento, ele conseguiu dinheiro emprestado com um comerciante de Nova Iorque e ficou devendo uma pequena fortuna que só conseguiu pagar anos depois. A dívida era de US$ 4 mil. “Seria o equivalente a hoje uns R$ 600 mil”. 

 

Ciência e fé

padre Landell de Moura
Cem anos do rádio no Brasil : biógrafo descobriu registros da invenção do rádio pelo padre Landell de Moura - Acervo do biógrafo Hamilton Almeida

Diferentemente de outros inventores contemporâneos de Landell, como Alberto Santos Dumont, que tinha seus próprios recursos, o padre vivia com o pires na mão. “Ninguém deu atenção realmente para o que ele fazia. Além disso, padre cientista não era bem visto dentro da igreja nem fora dela”.

Era um momento histórico também de início da república no Brasil e também com a conquista do estado laico. Ciência para um lado, fé para o outro. Mas não era nisso que Landell acreditava. Ele achava que os dois campos poderiam conviver e interagir. “O padre estava um pé em cada lado. Mas tem declarações dele que ele achava que religião e ciência eram compatíveis”. 


Curioso desde antes de padre

Landell, quando tinha 16 anos de idade, antes de ser padre, criou uma espécie de telefone. O menino era curioso e gostava de ler sobre tudo, de telecomunicações à astronomia. “Ele  examinava animais mortos e tinha um interesse variado, em biologia, física, astronomia…Ao mesmo tempo, ele tinha uma vocação religiosa também por influência da família”. 

Tanto que quando Landell foi para Roma ajudar no seminário, ele também buscou estudar física e química na Universidade Gregoriana. Foram duas formações ao mesmo tempo. “Brigavam com ele também por causa dessa situação de ser padre e cientista. Quando ele inventou o rádio, pediu licença para voltar ao Brasil e ir aos Estados Unidos”. 

Empreendedor

Seis jornais deram destaque ao invento com a experiência de 1899. Três veículos em São Paulo e outros três no Rio de Janeiro. “Era uma novidade, mas não foi o suficiente para traduzir em patrocínio que é o que ele precisava. Ele investiu nisso, mas infelizmente não teve resultado para continuar pesquisando. Acabou ficando marginalizado assim na história”, afirma. 

 

padre Landell de Moura
Cem anos do rádio no Brasil: história do padre Landell de Moura foi registrada no começo do século 20 pelo New York Herald (jornal veiculado entre 1825 e 1924) - Acervo do biógrafo Hamilton Almeida

“Quando ele veio da Itália para o Brasil, ele tinha uma ideia de que era possível fazer comunicação pelo ar. Naquele momento só existia o telégrafo”. Almeida explica que o inventor demorou mais de 10 anos para desenvolver o equipamento. Landell voltou ao Brasil em 1886. Os registros mostram que em 1893, apesar dos pedidos para a igreja, ele não conseguiu recursos. Em 1895, o italiano Marconi apresentou o telégrafo. “Mas a diferença fundamental é que Landell conseguiu transmitir a voz”. 

Em 1899, ele convidou empresários em São Paulo para apresentar a novidade, da capela de Santa Cruz, mais precisamente do Colégio Santana, ele conseguiu transmitir os sons até a Ponte das Bandeiras, sobre o Rio Tietê. “Depois ele fez a mesma experiência em direção à Avenida Paulista. Ele teve a presença do cônsul britânico que assistiu à demonstração”. 

Gênio esquecido

O biógrafo lamenta que até hoje Landelll de Moura não tem a fama que poderia ter, inclusive internacionalmente. Também por isso, o biógrafo entende, que diante dessa injustiça, passou a se dedicar a perseguir os rastros da fantástica história do padre. Para o novo livro, foi aos Estados Unidos e pesquisou também na Itália atrás das pistas. “Cheguei a contratar uma pesquisadora na biblioteca de Nova Iorque para me ajudar. Assim foi se juntando esse quebra-cabeça. Às vezes, nos livros da igreja ele não escrevia nada”. 

Por isso, conversar com testemunhas fez as peças se juntarem. Como todas já faleceram, os livros tentarão fazer justiça ao inventor. “Para os fiéis da igreja não era algo simpático porque ele fugia do tradicional de ficar lá só dentro da igreja. Mas ele tinha essa capacidade intelectual de criar”. Mas voz pelo ar parecia coisa do demônio, apontavam aqueles que davam de ombros para a ciência.

Nos Estados Unidos, ele buscou patentear o rádio, o rádio por ondas de luz e um telégrafo. “Mas ele não ficou lá para comercializar. Ele quis voltar, mas ficou endividado. Infelizmente, no caso dele, o obscurantismo venceu. Caso tivesse vingado a história do padre brasileiro, o Brasil poderia estar na vanguarda da industrialização do aparelho”. 

Depois do rádio, ele começou a estudar outros temas fora das telecomunicações e da religião, incluindo psicologia e outras ciências. Mas ele continuava sendo admoestado pelo bispo. Padre Landell morreu em 1928, vítima da tuberculose, aos 67 anos. “Ele fumava. Não se agasalhava naquele frio de Porto Alegre. Ele dizia que dava a roupa para os pobres. Ele estava muito triste mesmo”. A vacina da tuberculose havia sido descoberta naquela década, mas não a tempo de salvar o homem que se dedicou a Deus e à ciência ao mesmo tempo

 

Série de reportagens

Em comemoração aos cem anos do rádio no Brasil, completados em 7 de setembro de 2022, a Agência Brasil  publica uma série de 10 reportagens sobre as principais curiosidades históricas do rádio brasileiro. 

O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos da EBC, como a Radioagência e a Rádio MEC  que transmitirá, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. 



Prazo para entrega do Imposto de Renda termina hoje

Termina hoje (31) o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2022, ano-base 2021. A expectativa da Receita Federal é de que 34,1 milhões de pessoas entreguem suas declarações até o fim do prazo, às 23h59.

Quem estiver obrigado a entregar a declaração e não o fizer até hoje estará sujeito à multa. O valor é de 1% ao mês, sobre o Imposto de Renda devido, limitado a 20% desse valor. O valor mínimo da multa é R$ 165,74.

A multa é gerada no momento da entrega da declaração, e a notificação de lançamento fica junto com o recibo de entrega. O contribuinte terá 30 dias para pagar a multa. Após esse prazo, começam a correr juros de mora, corrigidos pela taxa Selic, atualmente em 12,75% ao ano.

Quem deve declarar

Estão obrigadas a apresentar a Declaração de Ajuste Anual os cidadãos que tiveram, em 2021, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70. Também deve declarar quem recebeu, no ano passado, rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, em valor superior a R$ 40 mil, de aplicações financeiras, doações, heranças, partilha de divórcio, meação, indenizações, dividendos e juros sobre capital próprio, além de quem recebeu, em 2021, receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima do limite de R$ 142.798,50.

É obrigado ainda a declarar o imposto quem tinha, em 31 de dezembro de 2021, a posse ou propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, em valor superior ao limite de R$ 300 mil; as pessoas que obtiveram, em qualquer mês do ano passado, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto ou que realizou operações em bolsa de valores.

As pessoas que tiveram lucro, em 2021, com a venda de imóveis residenciais, mas optaram por uma das situações de isenção total ou parcial de Imposto de Renda sobre o ganho de capital; que pretendem compensar prejuízos da atividade rural ou de operações em bolsa de valores; e quem passou à condição de residente no Brasil, no ano passado, também são obrigadas a declarar o imposto.

Novidades

Entre as novidades na declaração do IRPF 2022  estão o acesso ampliado à declaração pré-preenchida por meio de todas as plataformas disponíveis, o recebimento da restituição e o pagamento de DARF por meio de Pix, desde que a chave do contribuinte seja o CPF.

O Programa Gerador da Declaração está disponível no site da Receita para usuários dos sistemas Windows, iOS e Linux. Também será possível declarar online ou por dispositivos móveis, por meio do app Meu Imposto de Renda.



5/30/2022

Chuva fez 79 mortes em Pernambuco até o momento

A Defesa Civil Nacional atualizou para 79 o número de óbitos em Pernambuco, em decorrência das chuvas intensas que assolam o estado. Até o momento, 14 municípios encontram-se em situação de emergência, em meio a 63 municípios que estão sob monitoramento. Há, ainda, 3.957 desabrigados em pontos de apoio localizados próximos às regiões afetadas.

A atualização foi publicada no Twitter da Defesa Civil Nacional, que tem divulgado alertas para a continuidade de chuvas no leste do Nordeste, o que representa "riscos elevados à população nessas áreas".  

As chuvas estão atingindo Pernambuco desde a última quarta-feira (25). Do dia 27 até ontem (29), mais de 46 mil chamados foram feitos pelo telefone 193, segundo a administração estadual.

Autoridades locais estão monitorando e reforçando ações nas regiões metropolitanas do Recife, Zona da Mata e Agreste.



Covid-19: Rio começa a aplicar dose de reforço em adolescentes

O Rio de Janeiro começa a aplicar hoje (30) a dose de reforço da vacina contra a covid-19 nos adolescentes de 12 a 17 anos. A recomendação para a ampliação da campanha contra a doença foi publicada na sexta-feira (27) pelo Ministério da Saúde.

Pode receber a dose extra quem tomou a segunda dose ou a dose única há pelo menos quatro meses. Segundo o ministério, os adolescentes receberão, prioritariamente, a vacina na norte-americana Pfizer, mas pode ser aplicada também a Coronavac, caso a Pfizer não esteja disponível.

Para completar o esquema básico de vacinação, para pessoas a partir dos 5 anos de idade, os intervalos entre a primeira e a segunda doses são de 28 dias para a Coronavac, oito semanas para quem tomou a Astrazeneca e de 21 dias para a vacina da Pfizer.

No município do Rio, a segunda dose de reforço está sendo aplicada em quem tem 60 anos ou mais e tomou a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses.

Em São Paulo, a aplicação do reforço nos adolescentes também começa hoje.

Painel

Os painéis da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro indicam que 65,2% da população com 18 anos ou mais tomaram a dose de reforço contra a covid-19, mas a proporção vem caindo junto com a idade.

Na faixa de 65 a 69 anos, está em 94% com dose de reforço; de 60 a 64 anos, 92% tomaram a terceira dose, proporção que cai para 76% na faixa de 50 a 59, 63% de 40 a 49 anos, 51% de 30 a 39 e apenas 43% dos jovens de 20 a 29 anos retornaram aos postos de saúde para receber o reforço.

Entre os adolescentes de 12 a 19 anos, 100% receberam pelo menos uma dose e faltam 108,6 mil completarem o esquema básico com duas doses, com 10% já tendo recebido a dose de reforço. Na faixa de 5 a 11 anos, faltam 124 mil crianças iniciarem a imunização contra a doença.



Faixa principal da +Milionária não teve acertadores

O primeiro sorteio da +Milionária não registrou aposta vencedora na faixa principal, com seis dezenas e dois trevos.

Os números foram sorteados no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo, na noite desse sábado (28).

Foram sorteados os números: 23 – 44 – 01 – 07 – 03 – 15, e os dois trevos: 4 e 2.

Veja o resultado:

6 acertos + 2 trevos: não houve acertador

6 acertos + 1 ou nenhum trevo: uma aposta ganhadora, prêmio de R$ 392.567,53

5 acertos + 2 trevos: seis apostas ganhadoras, R$ 52.342,34

5 acertos + 1 ou nenhum trevo: 80 apostas ganhadoras, R$ 3.925,67

4 acertos + 2 trevos: 227 apostas ganhadoras, R$ 1.482,31

4 acertos + 1 ou nenhum trevo: 3.501 apostas ganhadoras, R$ 96,11

3 acertos + 2 trevos: 4.725 apostas ganhadoras, R$ 50,00

3 acertos + 1 trevo: 34.159 apostas ganhadoras, R$ 24,00

2 acertos + 2 trevos: 33.671 apostas ganhadoras, R$ 12,00

2 acertos + 1 trevo: 243.056 apostas ganhadoras, R$ 6,00



Caixa paga Auxílio Brasil a beneficiários com NIS final 9

A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (30) a parcela de maio do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 9. O valor mínimo do benefício é R$ 400. As datas seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês.

O beneficiário poderá consultar informações sobre datas de pagamento, valor do benefício e composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Atualmente, 17,5 milhões de famílias são atendidas pelo programa. No início do ano, 3 milhões foram incluídas.

Benefícios básicos

O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.

Podem receber o benefício famílias com renda per capita até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e até R$ 200, em condição de pobreza.



Sem Censura desta semana recebe o cantor Clayton Aguiar

O Sem Censura desta segunda (30) põe as Festas Juninas em destaque com a presença do cantor e comunicador Clayton Aguiar. O aguardado retorno das quadrilhas e festas caipiras típicas do Nordeste são o tema do programa. A trajetória musical e os anos como radialista e apresentador de televisão também serão o assunto do papo descontraído que ele bate a com a jornalista Marina Machado.

Clayton Aguiar, é economista, gestor e empresário. Nasceu em 1950, na cidade mineira de Coromandel. Mudou-se para Belo Horizonte em 1965, onde estudou no Colégio Estadual do Santo Antônio. Chegou em Brasília em 1968. Em 1980, com o Festival de Música da Funarte e a Feira Pixinguinha, descobriu suas verdadeiras vocações: a música e a comunicação. Gravou seu primeiro disco em 1982, um compacto simples com as faixas Xote Mineiro e Triste Saudade e arranjos do maestro Leonardo Bruno.

É contratado pela Rádio Nacional de Brasília em 1986 e no ano seguinte passa a apresentar o programa Brasil Sertanejo, na Rádio Nacional da Amazônia. Sua carreira como radialista conta com passagens pela Rádio Jornal de Brasília FM, JK FM, Rádio Globo AM, Rádio Estúdio Brasil e atualmente está na Super 95 FM de Coromandel. Também apresentou programas de televisão na TV Nacional, Band Brasília, Brasil Central de Goiânia e Rede Brasil de Televisão.

O músico volta aos palcos em 2022 com a turnê Clayton Aguiar – 42 Anos na Estrada da Música. O repertório do novo show tem sucessos próprios do artista e hits de grandes nomes como Luiz Gonzaga, Raul Seixas, Roberto Carlos, Os Incríveis e Amado Batista.

Participam como debatedores convidados o jornalista e radialista Edelson Moura e a jornalista Thattyane Nardelli, editora de Cultura do Jornal de Brasília.

O programa Sem Censura vai ao ar às segundas-feiras, às 21h, logo após a novela A Escrava Isaura, com transmissão para todo o país em TV aberta por intermédio das emissoras afiliadas à Rede Nacional de Comunicação Pública – TV, gerida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e por outras plataformas, como Facebook, Twitter e Youtube, por onde o público pode participar usando a hashtag #SemCensura.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site play.ebc.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: tvbrasil.ebc.com.br/webtv

Sem Censura – Clayton Aguiar

Segunda-feira (30), às 21h, na TV Brasil

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É hoje! EBC abre inscrições para vagas de estágio e cadastro reserva

Estão abertas a partir de hoje (30) as inscrições para o 2º Processo Seletivo de Estágio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A empresa oferece oportunidades de aprendizado para estudantes de nível técnico e superior.

Para fazer a inscrição no processo seletivo, o estudante deve se cadastrar na plataforma Super Estágios, que realizará a avaliação online. As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas até 12 de junho. O gabarito será publicado no dia 13 de junho.

Para os aprovados, a empresa iniciará a convocação a partir do dia 14 de junho. As bolsas de estágio são de R$ 600 para estudantes de nível superior e de R$ 500 para estudantes de nível técnico. Além da remuneração, os estagiários receberão auxílio-transporte no valor de R$ 220, proporcionais aos dias estagiados. Confira a listagem de vagas:

» Confira aqui o regulamento do processo seletivo

Veja a distribuição de vagas:

Brasília - 18 vagas e cadastro reserva

» Nível superior

Curso Quantidade de vagas Requisito
Administração 4 vagas + cadastro reserva Ter cursado no mínimo 50% das disciplinas do curso e não estar no último semestre
Audiovisual cadastro reserva
Ciência da Computação
Sistemas de Informação
Análise e Desenv. de Sistemas
Engenharia da Computação
Gestão em Tecnologia da Informação
2 + cadastro reserva
Ciências Contábeis 3 + cadastro reserva
Jornalismo 7 + cadastro reserva
Publicidade 1 + cadastro reserva

» Nível técnico

Curso Vagas Requisito
Técnico em eletrônica 1 + cadastro reserva Ter cursado no mínimo 50% das disciplinas do curso e não estar no último semestre

Rio de Janeiro - 4 vagas e cadastro reserva

» Nível superior

Curso Quantidade de vagas Requisito
Jornalismo  3 vagas + cadastro reserva Ter cursado no mínimo 50% das disciplinas do curso e não estar no último semestre
Publicidade 1 vaga + cadastro reserva

São Paulo - 1 vaga e cadastro reserva

» Nível superior

Curso Quantidade de vagas Requisito
Jornalismo cadastro reserva Ter cursado no mínimo 50% das disciplinas do curso e não estar no último semestre

Tabatinga - 2 vagas e cadastro reserva

» Nível técnico

Curso Vagas Requisito
Administração 2 vagas + cadastro reserva Ter cursado no mínimo 50% das disciplinas do curso e não estar no último semestre

Saiba mais sobre a EBC

A EBC foi criada com uma função constitucional precisa: estabelecer uma rede de comunicação que atuasse em todos os meios (rádio, broadcast, internet) de maneira a complementar os sistemas privado e estatal, para atender unicamente aos interesses do público em geral. A missão da empresa é levar conhecimento, informação e cultura para a população de todas as idades, em todas as localidades do país, sem interferência política ou comercial.

A estatal conta com oito veículos, entre eles a Rádio Nacional, a TV Brasil e a Agência Brasil - todos vastamente premiados e socialmente reconhecidos como fontes de informação confiável e de conteúdo educativo de qualidade, assim como autores de produções culturais relevantes e inclusivas.



5/29/2022

Mostra de filmes nacionais celebra 200 anos da independência

Para celebrar o bicentenário da Independência da República, a ser comemorado no dia 7 de setembro, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo promove mostra gratuita de cinema em formato híbrido. A mostra 200 Anos da Independência em 200 Filmes acontece do dia 2 a 30 de junho.

Serão apresentados 200 filmes nacionais, sendo 100 deles curtas e, o restante, longas. Segundo a secretaria, o festival vai incluir diversos períodos e movimentos do cinema nacional, como as chanchadas, o Cinema Novo, a Boca do Lixo e o Cinema de Retomada, além da produção atual. “Nada mais significativo do que apresentar ao público, dentro da comemoração do Bicentenário, uma mostra retrospectiva que refaz a trajetória do nosso cinema, com clássicos de todos os movimentos, estilos e gêneros”, disse o secretário Sérgio Sá Leitão.

Os filmes online poderão ser vistos gratuitamente na plataforma #CulturaEmCasa. Já os presenciais estarão sendo exibidos no Cine Petra Belas Artes, na Rua da Consolação, na capital paulista, a preços populares. Para o festival, o Petra Belas Artes reservou a sala 4, promovendo quatro sessões diárias.

Na abertura do festival será apresentado o filme Um Broto Legal, dirigido por Luiz Alberto Pereira, uma cinebiografia da cantora Celly Campello, famosa pelas músicas Banho de Lua e Estúpido Cupido. O filme será exibido no Petra Belas Artes no dia 31 de maio, às 19h.

Entre os destaques da mostra está Ganga Bruta, de Humberto Mauro; Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos; O Assalto ao Trem Pagador, de Roberto Farias; À Meia-Noite Levarei Sua Alma, de José Mojica Marins; Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho, e Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert.



Entenda o que é a varíola dos macacos

O trauma naturalmente causado por uma pandemia acaba por deixar muitas pessoas preocupadas quando veem, logo em seguida, alertas sobre o surgimento de uma doença em locais onde antes ela não era detectada. É o que ocorreu após notícias de que humanos se contaminaram com a chamada varíola dos macacos, doença que é endêmica em países africanos, mas sua disseminação para países não endêmicos, como na Europa e nos Estados Unidos, causou apreensão. Até agora, existem mais de 200 casos confirmados ou suspeitos em cerca de 20 países onde o vírus não circulava anteriormente.

Diante dessa situação, a Agência Brasil consultou fontes e especialistas para elucidarem eventuais dúvidas sobre o que é a varíola dos macacos, bem como sobre sintomas, riscos, formas de contágio e sobre o histórico dessa doença que recentemente tem causado tanta preocupação nas pessoas.

Médico infectologista do Hospital Universitário de Brasúlia (UnB), André Bon trata de tranquilizar os mais preocupados. “De maneira pouco frequente essa doença é grave. A maior gravidade foi observada em casos de surtos na África, onde a população tinha um percentual de pacientes desnutridos e uma população com HIV descontrolado bastante importante”, explica o especialista.

Segundo ele, no início dos anos 2000 houve um surto da doença nos Estados Unidos. “O número de óbitos foi zero, mostrando que, talvez, com uma assistência adequada, identificação precoce e manejo adequado em uma população saudável, não tenhamos grandes repercussões em termos de gravidade”.

O grupo que corre maior risco são as crianças. Quando a contaminação abrange grávidas, o risco de complicações é maior, podendo chegar a varíola congênita ou até mesmo à morte do bebê.

Uma publicação do Instituto Butantan ajuda a esclarecer e detalhar o que vem a ser a varíola dos macacos. De acordo com o material, a varíola dos macacos é uma “zoonose silvestre” que, apesar de em geral ocorrer em florestas africanas, teve também relatos de ocorrência na Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e, mais recentemente, na Argentina.

Histórico e ocorrências

A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no |Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.

“A varíola dos macacos ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no país africano e, pelo menos, oito casos exportados internacionalmente”, complementa a publicação recentemente divulgada pelo instituto.

Segundo o instituto, entre 2018 e 2021 foram relatados sete casos de varíola dos macacos no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos. “Mas somente este ano, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens”.

Varíola dos macacos, monkeypox
Portugal confirmou mais de 20 casos de varíola dos macacos - REUTERS/Dado Ruvic

Casos recentes

Portugal confirmou mais de 20 casos, enquanto a Espanha relatou pelo menos 30. Há também pelo menos um caso confirmado nos Estados Unidos, no Canadá, na Alemanha, na Bélgica, na França e na Austrália, segundo a imprensa e os governos locais, conforme informado pelo Butantan.

“Neste possível surto de 2022, o primeiro caso foi identificado na Inglaterra em um homem que desenvolveu lesões na pele em 5 de maio, foi internado em um hospital de Londres, depois transferido para um centro especializado em doenças infecciosas até a varíola dos macacos ser confirmada em 12 de maio. Outro caso havia desenvolvido as mesmas lesões na pele em 30 de abril, e a doença foi confirmada em 13 de maio”, informou o Butantan.

Mais quatro casos foram confirmados pelo governo britânico no dia 15 de maio, e, no dia 18, mais dois casos foram informados – nenhum deles envolvendo alguém que tivesse viajado ou tido contado com pessoas que viajaram, o que indica possível transmissão comunitária da doença.

Dois tipos

De acordo com o instituto, esse tipo de varíola é causada por um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. “Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige tratamento)”, explica o instituto.

André Bon descreve essa varíola como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana. “O paciente pode ter febre, dor no corpo e, dias depois, apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] ate formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco]”.

De acordo com o Butantan, é comum também dor de cabeça, nos músculos e nas costas. As lesões na pele se desenvolvem inicialmente no rosto para, depois, se espalhar para outras partes do corpo, inclusive genitais. “Parecem as lesões da catapora ou da sífilis, até formarem uma crosta, que depois cai”, detalha. Casos mais leves podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa.

Paciente durante investigação de varíola de macaco.
Varíolas dos macacos causa pequenas lesões na pele - CDC/BRIAN W.J. MAHY

Transmissão e prevenção

No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

O médico infectologista do HUB diz que a principal forma de prevenção dessa doença – enquanto ainda apresenta “poucos casos no mundo” e está “sem necessidade de alarde” – tem como protagonistas autoridades de saúde. “Elas precisam estar em alerta para a identificação de casos, isolamento desses casos e para o rastreamento dos contatos”, disse.

“Obviamente a utilização de máscaras, como temos feitos por causa da covid-19 por ser doença de transição respiratória por gotículas e evitar contato com lesões infectadas é o mais importante nesse contexto”, enfatiza Bon ao explicar que a varíola dos macacos é menos transmissível do que a versão comum.

O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.

O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

Vacinas

André Bon explica que as vacinas contra varíola comum protegem também contra a varíola dos macacos. Ele, no entanto, destaca que não há vacinas disponíveis no mercado neste momento.

“Há apenas cepas guardadas para se for necessário voltarem a ser reproduzidas. Vale lembrar que a forma como a vacina da varíola era feita antigamente não é mais utilizada no mundo. Era uma metodologia um pouco mais antiga e atrasada. Hoje temos formas mais tecnológicas e seguras de se fazer a vacina, caso venha a ser necessário”, disse o médico infectologista.

Bon descarta a imediata necessidade de vacina no atual momento, uma vez que não há número de casos que justifiquem pressa. “O importante agora é fazer a observação de casos suspeitos”, disse.

O Butantan confirma que a vacinação contra a varíola comum tem se mostrado bastante eficiente contra a varíola dos macacos. “Embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (tecovirimat) tenham sido aprovados para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis”.

“Populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram descontinuadas”, informou o instituto.