2/28/2023

Roubo de cabos paralisa serviços do metrô no DF

As estações de metrô do Distrito Federal amanheceram fechadas nesta terça-feira (28). A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que o problema foi causado por “ato de vandalismo” que teria resultado no rompimento de cabos de fibra ótica, provocando perda de sinalização no sistema e, consequentemente, interrupção da prestação de serviço à população.

Segundo a companhia, cabos de energia foram furtados. Equipes de manutenção já estão trabalhando nas áreas afetadas, na tentativa de retomar os serviços o quanto antes. A Secretaria de Mobilidade foi, de imediato, informada do problema e determinou reforço nas linhas de ônibus da cidade.

“Foi elaborada uma estratégia para restabelecimento do sistema e reparo das fibras rompidas para que os trens voltem a circular o mais breve possível. As estações permanecem fechadas”, disse a companhia.

É por meio do sistema de Sinalização e Controle que o metrô consegue acompanhar a localização dos trens, de forma a garantir a segurança das operações, evitando aproximações que possam resultar em choque.


PF cumpre mandados em operação por fraude contra a Caixa

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Policiais federais cumprem nesta terça-feira (28) um mandado de prisão preventiva e três de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes contra a Caixa. Segundo a Polícia Federal (PF), a organização criminosa teria desviado mais de R$ 4,5 milhões de contas bancárias em novembro do ano passado.

As investigações começaram depois que a Centralizadora Nacional de Segurança do banco passou informações à PF. O grupo teria conseguido acessos privilegiados a contas sociais digitais da Caixa, de onde furtaram o dinheiro, através de técnicos que prestavam serviços de informática a agências do Grande Rio.

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Segundo a PF, essas pessoas aproveitavam seu trânsito e suas credenciais para obter acessos privilegiados de uso restrito. Assim, eles conseguiam senhas e perfis de acesso de outros empregados da Caixa.

Com essas informações em mãos, o grupo criminoso transferia indevidamente valores para contas digitais a projetos sociais e fazia saques. A PF identificou a participação de um hacker que já se envolveu em outros ataques cibernéticos a contas bancárias.

Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Niterói.


2/27/2023

Rede municipal de ensino do Rio registra déficit de 6 mil professores

Nos últimos 10 anos, o número de professores na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, caiu de 42.536 em 2013 para 36.416 em 2023, representando redução de 6.120 profissionais. Na área de apoio à educação, houve uma queda de 16.712 em 2014 para 12.186 este ano. São 4.018 profissionais a menos. O levantamento foi feito pela vereadora Luciana Boiteux (Psol), a partir de dados oficiais da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Segundo o levantamento, os mais prejudicados são crianças carentes e periféricas, principalmente as que precisam de vagas em creches, além de mulheres negras que precisam deixar seus filhos na escola para trabalhar. Outro dado alarmante é quanto ao baixo número de profissionais para atender aqueles com necessidades especiais. A vereadora Luciana Boiteux alerta que esta realidade não é nova e tem se repetido a cada ano letivo que se inicia. Para ela, além de prejudicar os estudantes a situação também é péssima para os professores.

"O levantamento aponta que esta falta de investimento em educação pública do Rio vai afetar diretamente a saúde do profissionais de educação", afirmou a vereadora. "Vemos no cotidiano a falta de condições de trabalho com turmas superlotadas e ausência na valorização dos salários que se encontram defasados, problemas antigos na rede", declarou a parlamentar em entrevista à Radioagência Nacional.

"A lista para migração em 2022 contava com mais de 8.600 professores aptos a mudar para o regime de 40h. Isso explica porque todo início de ano temos turmas sem aulas. Só no ano de 2021, 1.834 [professores] deixaram a rede em definitivo", informou Boiteux. “Para solucionar este problema, é imprescindível realizar novos concursos públicos e convocar os aprovados dos concursos que ainda estão com validade. Além disso, garantir a migração dos milhares de professores que querem ampliar sua jornada de trabalho para 40h e que hoje já dobram sua carga horária por meio da Dupla Regência, ou seja, realização de hora extra”, explica a vereadora.

Na última semana, a Secretaria Municipal de Educação (SME) emitiu nota esclarecendo que anunciou a contratação temporária de 670 profissionais para suprir afastamentos temporários e convocou 570 professores aprovados em concursos anteriores, totalizando 1.240 novos docentes, que entrarão na rede nas próximas semanas. A SME informou também que outra frente de atuação é determinar retorno de professores cedidos a outros órgãos. A Secretaria ainda afirma que com essas estratégias atenderá a demanda atual por professores.

*Colaborou Carolina Pessoa, da Radioagência Nacional

*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara

Ouça na Radioagência


Evento no Vale do Javari marca ações de proteção a povos indígenas

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Uma comitiva federal faz nesta segunda-feira (27) uma visita ao estado do Amazonas onde participa de um evento promovido pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). A intenção é marcar a presença do Poder Executivo na retomada das ações em defesa da vida e dos direitos das populações vulnerabilizadas socialmente. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por questões de segurança o horário e local do encontro não foram divulgados.

“Nosso intuito é ter uma política efetiva de proteção dos direitos humanos dos povos indígenas, atuando na segurança e na defesa daqueles territórios oprimidos por interesses antidemocráticos”, disse a secretária executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira, que integra o grupo. Orientações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitidas por medidas cautelares serão observadas.

Ações

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Durante a visita, uma série de ações na região serão anunciadas. Uma delas é a inclusão de defensores de direitos da região no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas. O governo federal também anunciará a repactuação com o executivo local para que a parceria do Programa de Proteção, que termina em 2023, seja renovada pelos próximos anos.

“A adequação do programa às necessidades e seu aprimoramento também estão em nossa pauta”, disse Rita Oliveira. A secretária lembrou os assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips como exemplos de violações de direitos a serem enfrentadas para que novas tragédias não se propaguem.

Na visita também será criado um grupo de trabalho responsável por articular a estruturação de uma política de Estado permanente para os defensores de direitos humanos, comunicadores e ambientalistas, além dos povos indígenas, setores frequentemente ameaçados em suas liberdades e direitos no Amazonas.

“Ao longo de 180 dias, atuaremos para que um programa nacional seja criado e tenha a sensibilidade dos agentes do Legislativo a fim de que nossos esforços, com a participação social, sejam concretizados”, disse Rita Oliveira. A secretária disse ainda que um representante da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos seguirá na região para elaborar um plano de ação que oriente iniciativas específicas em proteção de pessoas ameaçadas ou alvos de ataques.

Além do ministério, também integram a comitiva federal os ministérios dos Povos Indígenas; da Saúde; do Meio Ambiente e da Mudança Climática; da Justiça e Segurança Pública, incluindo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); Polícia Federal; a Polícia Rodoviária Federal; a Força Nacional; o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério Público Federal.


Inscrições para o Prouni 2023 começam nesta terça-feira

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Começam nesta terça-feira (28) as inscrições para a primeira seleção do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Interessados em cursar o ensino superior com bolsa devem ficar atentos ao prazo para se inscrever, que se encerra na próxima sexta-feira (3).

Nesta edição, serão disponibilizadas, ao todo, 288.112 bolsas, sendo 209.758 integrais e 78.354 parciais (50% do valor da mensalidade do curso). A previsão do Ministério da Educação é que o resultado da primeira chamada seja divulgado no dia 7 de março.

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Para participar, é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média e nota acima de zero na redação, além de não ter participado como treineiro.

Outra exigência é que o candidato não tenha diploma de curso superior. Para obter a bolsa integral, é obrigatório comprovar renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo ou de até 3 salários mínimos para a bolsa parcial.

Confira o cronograma completo da primeira edição do Prouni 2023 a seguir:

- Inscrição: de 28 de fevereiro a 3 de março

- Resultado da 1ª chamada: 7 de março

- Comprovação das informações da inscrição para os pré-selecionados em 1ª chamada: de 7 a 16 de março

- Resultado da 2ª chamada: 21 de março

- Comprovação das informações da inscrição para os pré-selecionados em 2ª chamada: de 21 a 30 de março

- Lista de espera (prazo para manifestar interesse): 5 e 6 de abril

- Resultado: 10 de abril

- Comprovação das informações da inscrição para os candidatos que manifestaram interesse em participar da lista de espera: de 10 a 19 de abril


Covid-19: Rio começa a aplicar vacina bivalente em grupo prioritário

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As 236 mil doses da vacina bivalente contra a covid-19, referentes à primeira remessa do Ministério da Saúde, já foram distribuídas para os 92 municípios do estado. O cronograma do Programa Nacional de Imunização começa nesta segunda-feira (27) atendendo a grupos prioritários. 

As primeiras doses serão aplicadas em pessoas com maior risco de ter formas graves da doença, como idosos e pessoas com deficiência, segundo calendário divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde:

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Dia 27/02 – Idosos com 85 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 60 ou mais

Dia 28/02 – Idosos com 80 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 50 ou mais

Dia 01/03 – Idosos com 75 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 40 ou mais

Dia 02/03 – Idosos com 72 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 30 ou mais

Dia 03/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 20 ou mais

Dia 04/03 – Idosos com 70 ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 ou mais

O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, afirmou que toda dose de reforço é importante para manter a proteção contra a covid-19, especialmente nos grupos mais vulneráveis.

Variante Ômicron  

A vacina bivalente é recomendada como dose de reforço para quem tenha recebido pelo menos duas doses contra a doença de qualquer laboratório, há quatro meses ou mais. O reforço protege contra o vírus original e suas variantes, incluindo a Ômicron.

Vacinação

A vacina estará disponível nas 237 unidades de atenção primária do município, como as clínicas da Família e os centros municipais de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h; e no Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, todos os dias, das 8h às 22h.

Os idosos devem apresentar documento de identificação e comprovante de vacinação, se disponível. Os imunocomprometidos deverão apresentar o comprovante da sua condição.

Dados registrados no Painel Covid-19 da Secretaria Municipal de Saúde mostram que quase 850 mil pessoas que receberam a primeira dose da vacina não voltaram para tomar a segunda dose. Entre os que completaram o esquema vacinal primário, com duas doses, mais de 5 milhões não retornaram para tomar a dose de reforço.

*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara


Guterres lamenta retrocessos nas conquistas de direitos humanos

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou os retrocessos, nos últimos anos, no que se refere ao respeito aos direitos humanos. Ele citou como exemplo o caso da Ucrânia, invadida pelas forças russas há um ano.

As declarações foram feitas na abertura do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.

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Guterres lamentou também mais um naufrágio de barco com migrantes no Mediterrâneo, ocorrido nesse domingo (26), no Sul da Itália, e que deixou pelo menos 60 mortos, e chamou a atenção para os direitos humanos dos refugiados.

Ele pediu que sejam criadas rotas legais e seguras para migrantes e refugiados. Afirmou que considera obrigação moral de todos salvaguardar os direitos humanos.

“A invasão da Ucrânia pela Rússia desencadeou a violação mais massiva dos direitos humanos que conhecemos até hoje”, afirmou o secretário, acrescentando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido “atacada por todos os lados”.

A guerra na Ucrânia "desencadeou morte, destruição e deslocamento generalizados”, disse Guterres.

“Recuamos”, acrescentou, pedindo “nova vida” aos direitos humanos que são a solução para muitos problemas do mundo, como a emergência climática e o uso nocivo das novas tecnologias.

"Os direitos humanos não são um luxo que pode ser ignorado até que encontremos uma solução para os outros problemas do mundo", destacou.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal.


Mercado financeiro prevê crescimento da economia em 0,84% neste ano

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A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 0,8% para 0,84%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%, a mesma previsão há nove semanas seguidas. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

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A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, variou para cima, de 5,89% para 5,9% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4,02%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,8% e 3,75%, respectivamente.

Para 2023 a previsão está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro dos intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em janeiro, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, o IPCA ficou em 0,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto. A autarquia não descarta a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como o esperado, em meados de 2024.

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica cai para 10% ao ano. E para 2025 e 2026, a previsão é Selic em 9% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,30.


2/26/2023

Número de mortes confirmadas no litoral norte de SP chega a 64

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O número de mortes confirmadas no litoral norte paulista devido aos temporais da semana passada chegou a 64, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Entre as mortes confirmadas, 63 foram no município de São Sebastião e uma em Ubatuba. Foram identificados e liberados para sepultamento os corpos de 55 pessoas – 20 homens, 17 mulheres e 18 crianças.

Feridos e desabrigados

As enxurradas e deslizamentos de terra deixaram ainda 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados na região, de acordo com o último boletim divulgado pelo governo estadual. Parte dessas pessoas teve as casas destruídas pelas chuvas, enquanto outras viviam em áreas consideradas de risco e tiveram que deixar suas residências. 

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As últimas informações divulgadas neste domingo (26) pelo governo estadual são de que 11 pessoas permanecem no Hospital Regional do Litoral Norte, em Caraguatatuba. A prefeitura de São Sebastião divulgou boletim sábado, em que constavam ainda duas crianças internadas em São José dos Campos e quatro pessoas no Hospital de Bertioga.

Moradia

Neste sábado (25), o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estiveram em São Sebastião e sobrevoaram as áreas atingidas pelos temporais. Alckmin disse que o governo federal vai apoiar a construção de moradias para as famílias atingidas pelas chuvas e para realocar as que vivem em áreas de risco.

O governo estadual já desapropriou um terreno de 10 mil metros quadrados na Barra do Sahy, bairro de São Sebastião mais atingido pelos deslizamentos, para construir habitações destinadas às famílias afetadas. 

O vice-presidente também considerou a possibilidade de destinar parte dos 1,5 mil apartamentos de um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida em Bertioga, município vizinho a São Sebastião, para atender os desabrigados.


Vacina bivalente contra a covid-19 começa a ser aplicada amanhã

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O Ministério da Saúde começa a aplicar amanhã (27), em todo o país, a vacina bivalente contra a covid-19. Segundo a pasta, o imunizante melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron, e possui perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.

Inicialmente, a vacina será aplicada somente nos grupos de risco. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita na fase 1 em pessoas acima de 70 anos de idade, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 anos e 69 anos de idade; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.

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No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Elas são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço.

O ministério reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 seguem disponíveis em unidades básicas de Saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como “altamente eficazes contra a doença”, garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença.

“A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuam protegendo. Elas continuam protegendo, mesmo para a variante Ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos uma melhor resposta", reforçou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

* Colaborou Priscilla Mazenotti, da Rádio Nacional


Mega-Sena acumula e próximo concurso deverá pagar R$ 9 milhões

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Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.568 da Mega-Sena, realizado nesse sábado (25) à noite, no Espaço da Sorte, em São Paulo. Ficam acumulados para o próximo concurso, na quarta-feira (1º), R$ 9 milhões. As dezenas sorteadas foram 16 - 22 - 29 - 35 - 38 e 49.

A quina teve 59 ganhadores e cada um receberá R$ 35.496,26. Os 3.217 acertadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 930,00.

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As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.


Hoje é Dia: Zico, Rui Barbosa e Jards Macalé são destaques da semana

Esta semana de transição entre fevereiro e março de 2023 é marcada por datas que reforçam a memória de figuras da cultura e história do Brasil. No dia 1º de março de 1923, a morte do político, escritor e diplomata baiano Rui Barbosa completa 100 anos.

Jurista de destaque e uma das principais personalidades do movimento abolicionista no Brasil, Rui Barbosa teve sua trajetória contada no De Lá Pra Cá em 2013 e pelo História Hoje, da Radioagência Nacional, em duas oportunidades (em 2018 e 2022).

Dois dias depois, em 3 de março, o ator e músico fluminense Jards Anet da Silva, mais conhecido como Jards Macalé, completa 80 anos. O músico, conhecido pela originalidade e experimentação, foi tema de uma edição do Rádio Batuta em 2021 e foi convidado para o Reverbera, da TV Brasil, em 2017.

Também em 3 de março, mas de 1953, nasceu o jogador de futebol Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico. Ele é considerado um dos maiores ídolos do Flamengo e da seleção brasileira, tendo conquistado diversos títulos e prêmios ao longo da sua carreira. O Galinho de Quintino já deu diversas entrevistas para a TV Brasil. Em uma delas, contou a sua trajetória ao repórter Sérgio Du Bocage.

No dia 4, a morte da cantora paulista Celly Campello, considerada uma das precursoras do rock no Brasil, completa 20 anos. Campello teve grande sucesso na década de 1960, com canções como "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido". Ela já teve a história contada no De Lá Pra Cá, da TV Brasil, e no programa da Rádio MEC Rádio Sociedade.

Datas da semana

O dia 27 de fevereiro é marcado pelo Dia Nacional do Livro Didático, instrumento fundamental para a educação e formação do cidadão. A Agência Brasil já fez matérias sobre a data em 2005 e 2017.

Falando em educação, no dia 3 de março de 1963 foi publicada a primeira tirinha de jornal com a personagem Mônica, criada pelo cartunista Maurício de Sousa.

Além de ser um marco na cultura do país, a Turma da Mônica já teve edições que auxiliaram na conscientização e educação dos pequenos. Há edições sobre o combate à violência contra mulher, explicação sobre classificação indicativa e cuidados com a covid-19.

Por fim, no dia 1º de março, a cidade do Rio de Janeiro completa 458 anos. Conhecida por suas belezas naturais e pela sua rica história cultural, a cidade já teve seu aniversário contado nas Rádios EBC e na Radioagência Nacional.

Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:

26 de fevereiro a 4 de março de 2023
27

Dia Nacional do Livro Didático

28

Nascimento da cantora fluminense Teresa Cristina (55 anos)

Nascimento da historiadora paulista Emília Viotti da Costa (95 anos)

Banda U2 lança disco “War” (40 anos)

Dia Mundial das Doenças Raras

1

Morte do político, escritor e diplomata baiano Ruy Barbosa (100 anos) - conhecido como “O Águia de Haia”

Morte do radialista e apresentador de TV paranaense Haroldo de Andrade (10 anos)

Morte do escultor e entalhador mineiro Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (205 anos)

Nascimento do compositor e instrumentista catarinense Reinold Correia de Oliveira, conhecido como Nuno Roland (105 anos) - Fez parte do grupo de estrelas da Rádio Nacional, estreando na inauguração da emissora, em 1936

2

Nascimento do cantor fluminense Antônio Rogério Coimbra, conhecido como Toni Platão (55 anos)

3

Nascimento do ator e músico fluminense Jards Anet da Silva, conhecido como Jards Macalé (80 anos)

Nascimento do jogador de futebol fluminense Arthur Antunes Coimbra, conhecido como Zico (70 anos)

Morte do cientista inglês Robert Hooke (320 anos) - estudou rotações planetárias e descobriu estrelas. Também enunciou a lei da gravidade, um dos conceitos elementares da Física

Publicação da primeira tirinha de jornal com a personagem Mônica, de Maurício de Sousa (60 anos)

Dia Internacional do Cuidado Auditivo ou Dia Mundial da Audição

Dia Mundial da Vida Selvagem – data instituída pela ONU

4

Morte da cantora paulista Celly Campello (20 anos) - considerada a precursora do rock no Brasil

Morte do poeta, ator e diretor de teatro francês Antonin Artaud (75 anos)


Monobloco fecha carnaval de rua carioca neste domingo

Fechando oficialmente o carnaval de rua do Rio de Janeiro, a grande atração de hoje (26) é o Monobloco, que espera reunir 300 mil pessoas na Rua Primeiro de Março, no centro da capital carioca. O bloco foi criado no ano 2000 pelo grupo Pedro Luís e A Parede, a partir de uma oficina de batucada, e utiliza instrumentos de escola de samba para tocar ritmos como marchinha, coco, funk, xote, ciranda e charm.

Confira os blocos que desfilam hoje, pelo calendário oficial da prefeitura:

Monobloco

Rua Primeiro de Março, Centro

Início: 9h

Final: 12h

Papudinho do Rio Comprido

Praça Condessa Paulo de Frontin, Rio Comprido

Início: 15h

Final: 20h

Nossobloco

Rua Sacadura Cabral, 75, Saúde

Início: 17h

Final: 20h

Fofoqueiros de Plantão

Rua Jardim Botânico com Rua General Garzon, Jardim Botânico

Início: 10h

Final: 14h

Condomínio Habitacional Barangal

Barraca do Joel, Posto 9, Ipanema

Início: 10h30

Final: 14h

Broxadão

Av. Atlântica, 2440, Copacabana

Início: 14h30

Final: 18h

Banda Boka de Espuma

Rua Marques de Olinda, 45, Botafogo

Início: 18h

Final: 22h

*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara


Em jogo contra Timão, Santos pode ficar perto das quartas do Paulistão

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O Santos recebe o Corinthians neste domingo (26) na Vila Belmiro, pela 11ª e penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista. Atual terceiro colocado do Grupo A, com 13 pontos, o Peixe precisa vencer o Timão, já classificado às quartas de final, para chegar à vice-liderança e seguir com chances de também avançar à próxima fase. O clássico alvinegro, a partir das 16h (horário de Brasília), terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e plantão de notícias com Bruno Mendes. 

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A equipe santista, comandada pelo técnico Odair Hellmann, triunfou nos dois últimos duelos: goleou a Portuguesa por 4 a 0 no Estadual e superou o Ceilândia-DF por 1 a 0, fora de casa, na estreia da Copa do Brasil na última quinta (23). 

O Peixe não tem desfalques para o clássico e a tendência é que Hellmann escale o time com: João Paulo; João Lucas, Maicon, Joaquim e Felipe Jonatan; Sandry, Dodi, Ângelo, Lucas Lima e Mendoza; e Marcos Leonardo.

Já com vaga assegurada nas quartas do Paulistão, o Corinthians é líder isolado do Grupo C com 18 pontos, nove à frente do Ituano, segundo colocado. Nos dois últimos confrontos, o Timão empatou com o Palmeiras (2 a 2) e derrotou o Mirassol (3 a 0). 

Para o jogo desta tarde o treinador Fernando Lázaro contará com a volta de Roger Guedes, que ficou fora da última partida por conta do nascimento de sua filha.

O Timão deve ir a campo com Cássio; Fágner, Gil, Bruno Méndez e Fábio Santos; Roni, Giuliano, Renato Augusto e Adson; Róger Guedes e Yuri Albert.

* Colaboração do estagiário Pedro Dabés, sob supervisão de Verônica Dalcanal.


2/25/2023

Embaixada da Ucrânia vê fracasso na estratégia militar russa

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Há um ano, milhões de ucranianos começaram a deixar seu país, fugindo das bombas disparadas pela Rússia. Mulheres e crianças, em sua maioria, foram morar em outros países da Europa ou até mais longe, como no Brasil, enquanto os homens ficaram para lutar. Mas, apesar do cenário de destruição mostrado ao mundo ao longo dos últimos 12 meses, o chefe da Embaixada da Ucrânia, Anatoliy Tkach, avalia que a estratégia militar russa em território ucraniano fracassou.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, ele conta que os territórios ocupados pelos russos vêm sendo recuperados pelas tropas ucranianas. Segundo Tkach, a Rússia passou a enviar criminosos condenados para o front, o que ele classifica como uma evidência desse fracasso. E acrescentou que seu país prepara uma contraofensiva para liberar mais territórios ucranianos do domínio do país vizinho.

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O chefe da embaixada da Ucrânia no Brasil também explica que a atual guerra poderia ter sido evitada caso o ocidente tivesse reagido, em 2014, durante a anexação da Crimeia pela Rússia, da forma como reagiu em 2022, quando os russos avançaram em território ucraniano.

Anatoliy Tkach estima que os bombardeios na Ucrânia resultaram em pelo menos US$ 46 bilhões em prejuízos, uma vez que “um terço do território está contaminado com objetos explosivos”. A queda no PIB foi superior a 30% e, em meio a esse cenário, pelo menos 6 milhões de pessoas deixaram o país.

A guerra e a troca de acusações provocou uma tensão grande o suficiente para separar Ucrânia e Rússia até mesmo nas páginas de uma entrevista. Ao receber a Agência Brasil e ser informado que o outro lado da história também seria ouvido, Tkach fez uma exigência: “não quero estar na mesma matéria [que a Rússia] porque não há relações diplomáticas entre nossos países”.

Na semana em que a guerra na Ucrânia completa um ano, a Agência Brasil entrevistou os embaixadores dos protagonistas do conflito. Confira também a entrevista com o embaixador da Rússia,

A TV Brasil veiculará, no programa Repórter Brasil deste sábado, às 19h, trechos da entrevista, que será também disponibilizada no site do programa.

 

Agência Brasil: Dia 24 completou um ano da guerra entre Rússia e Ucrânia. Qual o balanço que já se pode fazer? O cenário atual era o imaginado há um ano?

Anatoliy Tkach: Esta guerra se iniciou em 2014 [quando a Rússia anexou a Crimeia]. Em 2022, começou uma invasão em grande escala do exército russo na Ucrânia. Nossas forças armadas estão, desde o primeiro ataque, defendendo o país, parando as forças russas. Liberamos quase a metade dos territórios que foram ocupados no primeiro momento, e chegamos ao final do ano com as nossas terras liberadas. Neste momento, estamos mostrando que a estratégia militar russa fracassou e vem tendo grandes perdas. Estão tentando encobrir isso com uma mobilização em massa das pessoas na Rússia. Entre eles, criminosos condenados com altas penas. Enviam esse tipo de pessoas em grande quantidade para a Ucrânia.

Neste momento, com equipamentos pesados não podendo passar, estamos observando o início de uma nova ofensiva. A estratégia russa agora é mandar muito pessoal, mesmo mal preparado e sem equipamento. Essa grande quantidade de pessoas está fazendo muita pressão sobre as forças armadas ucranianas, mas nosso exército está protegendo a Ucrânia, segurando suas posições. As tropas russas não têm obtido maiores avanços, e estamos nos preparando para fazer uma nova contraofensiva para liberar territórios da Ucrânia.

 

Agência Brasil: Quais são as expectativas para os próximos meses na Ucrânia?

Tkach: Estamos esperando que, no próximo mês, tenha início uma nova escalada. Estamos nos preparando para isso. Nossos parceiros estão avaliando esse perigo e enviando equipamentos para a proteção do nosso país. É muito importante esse ponto porque a Ucrânia não está conduzindo uma guerra. Está se protegendo contra uma invasão estrangeira.

Além disso, estamos preparando ações diplomáticas para o fim desta guerra iniciada pela Rússia, como a resolução aprovada na Assembleia Geral da ONU sobre a paz duradoura e justa na Ucrânia. Há também um plano de ações para que essa guerra termine. No dia 15 de novembro de 2022, nosso presidente, Volodymyr Zelensky, ofereceu o plano chamado “A Fórmula da Paz”. Ele inclui dez passos para o estabelecimento de uma paz duradoura e justa na Ucrânia. É uma fórmula bem abrangente que prevê todos os assuntos importantes para que a paz volte a nosso país. Aborda segurança alimentar, segurança energética e segurança nuclear.

 

Agência Brasil: Qual é a proposta efetiva da Ucrânia para uma solução pacífica? Fale mais desse plano de paz.

Tkach: É um plano de paz bem abrangente. Além de mencionar essas questões, trata da libertação de presos e deportados; do respeito à carta das Nações Unidas; da restauração da integridade territorial da Ucrânia e da segurança de meio ambiente. E também da retirada das tropas russas do território da Ucrânia e de garantias para que a agressão não volte, fixando o fim da guerra.

Com relação à proteção do meio ambiente, por exemplo, estima que os danos causados chegam a US$ 46 bilhões de dólares até esse momento, porque um terço do território da Ucrânia está contaminado com objetos explosivos. Até agora, foram desativados aproximadamente 500 mil desses objetos. Isso é um ponto importante do plano de paz.

 

Agência Brasil: Como está a economia ucraniana? Quais setores foram afetados?

Tkach: Evidentemente que a guerra está provocando uma crise econômica no país. No ano passado, calcularam perdas de 30,4% do nosso PIB [Produto Interno Bruto]. Para este ano está previsto um deficit de US$ 38 bilhões. Muitas empresas sofreram, muitas foram realocadas dos territórios onde ocorrem ofensivas.

A economia foi danificada pelo bloqueio da Rússia aos portos da Ucrânia no Mar Negro. Se, dentro da iniciativa do “Corredor Verde” [corredores humanitários para facilitar a fuga de civis da Ucrânia], fossem desbloqueados os envios de grãos, ficaria facilitado o escoamento de alimentos e grãos produzidos na Ucrânia para outros países. A Ucrânia também teve uma iniciativa, que consiste em que os países comprem nossos grãos e os enviem para os países que mais precisam de alimentos. O governo da Ucrânia, ao lado de 30 países da União Europeia, participou dessa iniciativa pagando o envio desses grãos.

Carros destruídos na cidade de Izium, na Ucrânia
Carros destruídos na cidade de Izium, na Ucrânia - REUTERS/Gleb Garanich/Direitos Reservados

 

Agência Brasil: O senhor citou a segurança energética entre os passos essenciais do plano apresentado pela Ucrânia. Como está o fornecimento de gás no país?

Tkach: Na verdade, o maior problema que temos na área de energia decorre de a Rússia ter adotado a estratégia de bombardear nossa infraestrutura energética. Esses bombardeios começaram antes do inverno mas, felizmente, este ano não está tão frio. Aproximadamente 50% da infraestrutura energética está destruída. Isso provoca apagões em todos os territórios da Ucrânia.

 

Agência Brasil: Os russos dizem que Ucrânia, Crimeia e Rússia são um mesmo povo. Qual é o nível de proximidade entre esses três grupos? São, de fato, irmãos?

Tkach: Aqui estamos falando sobre a propaganda russa. É o pretexto que o governo russo usou para começar a guerra. E continua usando para dar continuidade a ela. Explicaram isso, em um primeiro momento, a seu próprio povo. No último pronunciamento do presidente Vladimir Putin, ele repetiu essa propaganda russa, questionando a legitimidade do Estado ucraniano, bem como do apoio do povo para com o governo ucraniano.

O presidente Putin fala que o povo não está apoiando o governo da Ucrânia, mas vimos, nas últimas pesquisas de opinião, que os ucranianos apoiam o atual governo. O apoio ao presidente da Ucrânia cresceu, nesse tempo de guerra, quase 90%. Ou seja, o povo ucraniano está unido e está se protegendo.

 

Agência Brasil: Mas como o povo ucraniano enxerga o povo russo? São povos irmãos ou não são?

Tkach: Neste momento, segundo as pesquisas, o povo russo está apoiando as ações do seu governo. Está apoiando não só o governo, mas todo o país. Então é uma responsabilidade compartilhada pela guerra que a Rússia está conduzindo contra a Ucrânia.

 

Agência Brasil: Retomando a questão econômica. Qual é a relevância histórica que o porto de Sebastopol?

Tkach: O porto de Sebastopol tem uma importância histórica, mas não comercial para a Ucrânia. Ele foi uma base militar russa e é o lugar onde toda a agressão da guerra começou, em meio à ocupação da península da Crimeia pela força naval russa. Nossos principais portos comerciais são principalmente os de Odessa e de Mikolay.

 

Agência Brasil: Como está a situação em Odessa?

Tkach: O porto de Odessa e todos os portos do Mar Negro ucraniano estão bloqueados, mas segundo os compromissos entre a ONU, Turquia e Ucrânia – e também entre ONU, Turquia e a Rússia –, eles estão admitindo a passagem dos navios que carregam grãos ucranianos. Nesse momento, temos um atraso. Precisamos restaurar os envios porque a Ucrânia é o quinto maior produtor de produtos agrícolas do mundo. Milhões de pessoas dependem dessa produção, o que torna ainda mais necessária a volta à normalidade, com os navios saindo dos portos. Buscamos também incluir na iniciativa do Corredor Verde o outro porto da Ucrânia, que é o de Mikolay, também muito importante para as exportações agrícolas.

 

Agência Brasil: Na avaliação de vocês, essas sanções impostas à Rússia têm obtido o efeito desejado?

Tkach: Desde o início da guerra, nós tínhamos três pilares para terminar a guerra. O primeiro é relativo aos equipamentos militares que a Ucrânia recebe para poder se proteger. O segundo, relativo à ajuda a econômica, porque a situação é complicada e precisamos do apoio de outros países. O terceiro pilar são as sanções.

A ideia era que, com as sanções, a Rússia não conseguisse dinheiro para continuar a guerra. Muitos países adotaram essas sanções. Com isso, estamos vendo que a Rússia está tendo dificuldades para a produção de equipamentos inteligentes militares, algo bastante importante para que, em um futuro próximo, se estabeleça a paz.

 

Agência Brasil: Há lições ou aprendizados a serem extraídos dessa guerra? Algo poderia ter sido feito diferente para amenizar a situação atual?

Tkach: O maior problema foi que, em 2014, quando tudo começou, o mundo não reagiu do mesmo jeito como reagiu em 2022. Se tivesse agido do mesmo jeito, não haveria uma nova guerra, uma continuação, uma nova ofensiva russa em 2022.

 

Agência Brasil: Houve interesse da Ucrânia em integrar a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]? Chegou a haver algum tipo de sondagem visando esse ingresso?

Tkach: Os países vizinhos da Rússia estão vendo a OTAN como um mecanismo de segurança contra uma invasão. Agora já estamos vendo que, infelizmente, isso não é sem fundamento. Países estão expressando o seu desejo de ingressar na OTAN. Estamos vendo que muitos dos países que saíram da União Soviética, entendem os perigos e riscos de terem um vizinho como a Rússia.

Com a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia em 2022, a Suécia e a Finlândia decidiram ingressar na OTAN, vendo nisso uma garantia de segurança. A Ucrânia, em 1994, assinou o “Memorando de Budapeste”, entregando o terceiro maior arsenal nuclear do mundo em troca das garantias da sua segurança. Agora estamos vendo que essas garantias dadas pela Rússia foram violadas. Por isso, a única alternativa, neste momento, é a OTAN.

A Ucrânia, desde a sua independência, começou tratativas com a OTAN, mas nunca tinha uma definição sobre o ingresso. Há o apoio da população, conforme pesquisas de opinião. Se, em 2014, 34% dos ucranianos apoiavam o ingresso do país na OTAN, passados agora nove anos, este percentual subiu para 86% em 2023.

O país, no ano passado, apresentou uma solicitação formal de ingresso. Assim como outros vizinhos, estamos vendo isso como a única alternativa, com o propósito de termos a segurança de que ninguém vai invadir o nosso país e matar os nossos cidadãos.

 

Agência Brasil: Qual o retorno que vocês têm recebido da OTAN?

Tkach: Até esse momento ainda não temos a perspectiva de ingresso.

 

Agência Brasil: Como o senhor avalia o risco de uso de armas nucleares? Ele é real? Aumentou após a suspensão de acordos nucleares pelos envolvidos?

Tkach: Nesse momento não estamos vendo a prontidão da Rússia para iniciar uma guerra nuclear porque, acredito, vai virar uma guerra global. A Rússia voltar a desenvolver armas nucleares é um sinal de continuação da chantagem nuclear. Repito, não é a partir de 2022, mas é a partir de 2014 que a Rússia está chantageando o mundo com as suas armas nucleares.

 

Agência Brasil: O senhor está dizendo que a Rússia está fazendo uma ameaça, mas não acredita que ela venha a usar esse tipo de armamento? É uma espécie de blefe?

Tkach: Exatamente.

 

Agência Brasil: A guerra levou muitos ucranianos a se mudarem para o Brasil? Quais foram os principais destinos?

Tkach: O governo do Brasil criou as condições para que os ucranianos viessem para o país. No entanto, não foram muitos os que decidiram ir para tão longe porque a maioria dos que saíram, ficaram nos países europeus mais próximos para, na primeira oportunidade, voltarem.

É isso o que estamos observando no Brasil. Os ucranianos que chegaram aqui, nesse momento, já estão voltando para a Ucrânia. Em primeiro lugar, porque os territórios onde ficam as casas deles foram liberados, o que dá a eles a possibilidade de voltar para casa tendo relativa segurança.

Em sua maioria, as pessoas que saíram foram as mulheres com as crianças, enquanto os homens ficaram na Ucrânia defendendo o país. Essas mulheres com crianças já querem voltar para ser unir a seus esposos.

 

Agência Brasil: Há algum número oficial de ucranianos que vieram para o Brasil?

Tkach: Não posso dizer que vieram apenas os que fugiram da guerra, porque há também outros motivos, mas foram entre 1 mil e 1,5 mil pessoas.

 

Agência Brasil: E os que deixaram o país para outros destinos? Tem uma ideia de quantos foram e os principais destinos?

Tkach: Falam em aproximadamente 6 milhões de pessoas. Os principais destinos foram na Europa. Muitos, para países vizinhos como a Polônia, que consideramos uma nação irmã pela ajuda aos nossos cidadãos, recebendo e acolhendo, bem como pela ajuda que nos foi dada nesse difícil momento.

 

Agência Brasil: E na direção da Rússia? Vocês têm alguma noção de quantos foram para lá?

Tkach: A Rússia realizou uma deportação forçada dos ucranianos dos territórios ocupados. Nesse momento, estamos falando de 16 mil crianças que foram deportadas e realocadas para lá.

 

Agência Brasil: Sobre a relação Brasil-Ucrânia, o que a eleição do presidente Lula mudou no que se refere à relação entre os dois países?

Tkach: O presidente Lula está condenando abertamente essa guerra que a Rússia iniciou. Estamos esperando uma ativação da nossa cooperação. Já ocorreram vários contatos. Nossa primeira vice-ministra visitou o Brasil para participar da cerimônia de posse do presidente Lula, com quem se reuniu. Houve também reunião de chanceleres, que estão mantendo contatos. O diálogo continua.

 

Agência Brasil: O presidente Lula declarou que trabalhará para construir um caminho para a pacificação, propondo, inclusive, a criação de um grupo para mediação da paz. Ele poderá colaborar para que os dois países encontrem um ponto comum?

Tkach: Oferecemos nossa “Fórmula da Paz”, o plano de ações que mencionei. Ele é abrangente e prevê todos os temas para resolver e terminar com essa guerra. Nosso plano está aberto para a participação de todos os países. Lembro que a Rússia continua tendo os seus militares na usina nuclear da Ucrânia, que é maior usina nuclear da Europa, com um depósito de munições em seu interior. É muito importante resolver essa questão.

Com relação à segurança alimentar, defendemos ações como a do “Corredor Verde” para escoamento dos grãos da Ucrânia. Sobre a segurança energética, há um déficit da energia por causa das ações da Rússia, com seus bombardeios via mísseis e drones iranianos.

Queremos também punição dos responsáveis pelos crimes que foram cometidos na Ucrânia, a restauração da integridade territorial da Ucrânia, a proteção do meio ambiente. Isso é muito importante porque vai demorar anos para desativarmos as minas colocadas em território ucraniano. Outras reivindicações são a retirada das tropas russas do nosso território, o cessar fogo e, por fim, a garantia de que a agressão não vai voltar a acontecer.

 

Agência Brasil: Qual mensagem a Ucrânia gostaria de enviar, não para o governo, mas para os brasileiros interessados em entender o que, de fato, está por trás desse conflito?

Tkach: O mais importante é um pensamento crítico e a avaliação das informações e das fontes. Por exemplo, as mídias oficiais da Rússia estão banidas em muitos países por causa da propaganda e a desinformação. O governo russo não é de confiança. Em 2013, o presidente Putin disse que não tinha nenhuma intenção de invadir a Ucrânia, e que respeitaria a soberania do nosso país.

Em 2014, as tropas russas estavam na Crimeia. O presidente russo dizia que nossas tropas não estavam, o que não era verdade. Em 2015, ele disse o mesmo, e a gente reiterava que as nossas forças armadas também estavam lá. Como que dá para acreditar nessa fonte, quando ela diz que o principal propósito é a expansão da Otan? Ele é uma fonte da qual devemos desconfiar. Por isso que o mais importante é pegar informações de várias fontes, analisar e chegar a uma conclusão.

 

Agência Brasil: O senhor falou muito da preocupação da Ucrânia com relação a um eventual ataque russo. Peço-lhe um exercício de se colocar no lugar do outro. No caso, do Putin. O senhor ficaria preocupado em ter um país vizinho com armas nucleares apontadas para o seu povo?

Tkach: A Ucrânia entregou suas armas nucleares, o terceiro arsenal de armas nucleares no mundo, para o país produtor, a própria Rússia, como previsto no “Memorando de Budapeste” de 1994. Tudo em troca das garantias de segurança. A Ucrânia cumpriu com aquilo que prometeu. A Rússia não.

 

Agência Brasil: Há muitas informações controversas sobre essa guerra. Alguns especialistas, e até mesmo parlamentares norte-americanos, dizem que, em 2014, houve na Ucrânia um golpe que resultou na destituição de um presidente contrário ao ingresso na OTAN [Viktor Yanukovych], e que isso teria sido feito com apoio financeiro dos Estados Unidos. Há também quem afirme que isso resultou em apoio armado a grupos neofacistas na Ucrânia. Qual resposta que o governo ucraniano dá àqueles que fazem tais acusações?

Tkach: Nesse momento estamos falando sobre grupos marginalizados e muito polarizados. Não é a maioria e não são fontes de respeito. Se existem essas acusações, elas são mantidas e sustentadas pela Rússia e pela sua máquina de propaganda, que investe bilhões de dólares anualmente para essas acusações.

O que aconteceu na Ucrânia foi: o presidente ucraniano [Viktor Yanukovych] fugiu para a Rússia, onde ele permanece até agora. Os ucranianos elegeram um presidente. Passou um tempo, elegeram um segundo presidente. O que significa que o processo democrático continua na Ucrânia, que compartilha valores democráticos. Temos o apoio do ocidente, em particular o compromisso da União Europeia, no sentido de uma integração futura nossa com o bloco. Isso, para mim, é a maior avaliação de que o processo é verdadeiramente democrático.

Compartilhamos dos mesmos valores europeus, que não têm nenhum espaço para o nazismo ou neonazismo. Como pode haver neonazismo em um país onde o líder, o presidente, é de origem judaica?

 


Buscas por vítimas em São Sebastião entram no sétimo dia

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As buscas pelas vítimas soterradas pelos deslizamentos que atingiram São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, entraram neste sábado (25) no sétimo dia. As procuras foram retomadas hoje de madrugada após terem sido suspensas na sexta-feira (24) à noite por causa das chuvas fortes que voltaram a atingir a região.

Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, as buscas haviam sido interrompidas para garantir a segurança das equipes de resgate e foram retomadas quando os riscos diminuíram durante a madrugada. A corporação informou que não há previsão de quando os trabalhos serão encerrados.

Chuva

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A chuva deve continuar nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de chuvas de 30 a 100 milímetros, com ventos de 60 a 100 quilômetros por hora, para uma faixa que abrange quase todo o litoral de São Paulo, a metade sul do litoral do Rio de Janeiro, a região serrana fluminense e o norte e oeste de São Paulo e a região central de Mato Grosso do Sul. O aviso começa às 12h deste sábado e vai até as 10h de domingo (26).

Além das chuvas, o litoral norte de São Paulo tem alerta neste final de semana para o risco de movimentação de solo. O alerta está no boletim de Previsão de Risco Geo-Hidrológicos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para este sábado (25).

Segundo o boletim, considera-se alta a possibilidade de movimentos de massa na Baixada Santista e no litoral norte paulista, com especial atenção para a faixa entre Guarujá e São Sebastião.

O município foi o mais afetado pelos temporais que atingiram a região no último fim de semana. Houve deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. Até o momento, 57 pessoas foram encontradas mortas em São Sebastião e mais de 3 mil estão desalojadas ou desabrigadas em todo estado.


Mega-sena deve pagar hoje prêmio de R$ 3 milhões

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O Concurso 2.568 da Mega-Sena, que será realizado hoje (25) à noite em São Paulo, deverá pagar um prêmio de R$ 3 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será às 20h no Espaço da Sorte, na Avenida Paulista.

Com uma aposta simples, um apostador do Distrito Federal (DF) acertou as seis dezenas no último concurso, na quinta-feira (23). O prêmio é de R$ 8.548.140,96. As dezenas sorteadas foram 10 -11 - 19 - 33 - 58 e 60.

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As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa ou pela internet.

O jogo simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

De acordo com a Caixa, os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Depois desse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).​​​​


Campanha de vacinação de povos yanomami começa hoje

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O Ministério da Saúde inicia hoje (25) a campanha de vacinação dos povos yanomami. Os indígenas recebem vacinas bivalentes contra a covid-19 e imunizantes de rotina do calendário adulto e infantil.

De acordo com a pasta, a previsão é que cerca de 20 mil doses bivalentes contra a covid-19 atendam seis comunidades yanomami: Surucucu, Kataroa, Maloca, Paapiú, Auaris, Missão Catrimani e Waputha.

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A imunização estava prevista para começar em 27 de fevereiro, juntamente com a campanha nacional, mas foi antecipada em razão do que o ministério descreveu como “grave crise sanitária e humanitária encontrada no território”.

A ação será operacionalizada junto à Secretaria de Saúde de Roraima, com o apoio de profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que já estão atuando na Terra Indígena Yanomami.

Treinamento

O Centro de Operações de Emergência (COE) notificou a chegada de 24 tablets para otimizar a coleta de dados epidemiológicos das equipes da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e no restante do território.

Parte das equipes, segundo o ministério, passou por treinamento para utilizar os 20 telefones satelitais que chegaram na capital Boa Vista. O aparelho vai permitir que agentes enviados para localidades distantes e de difícil acesso mantenham a comunicação com o centro de emergência local.

Na semana passada, foi concluída a construção de um poço para fornecimento de água na comunidade Yeakeplaupi, Polo Base de Palimiu, onde vivem 160 yanomami. Ao todo, o Território Indígena Yanomami tem cerca de 31 mil indígenas, espalhados em mais de 370 comunidades.

Atendimentos

Um mês após a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional ser declarada na terra yanomami, mais de 5 mil atendimentos médicos a indígenas encontrados em grave situação de desassistência foram realizados na região. Entre as crianças acompanhadas na casa de apoio, 78% evoluíram de quadro grave de desnutrição para moderado.

Os atendimentos emergenciais são realizados pela Força Nacional do SUS nos polos base das regiões de Auaris, Surucucu e Missão Catrimani. Em Boa Vista, parte dos atendimentos é realizada por equipes de voluntários da Casai ou no hospital de campanha montado na área externa, com apoio das Forças Armadas. Os casos mais graves são encaminhados para a rede hospitalar da capital.

A entrada no território e na casa de apoio é restrita a profissionais que atuam na missão, atendendo a pedidos de lideranças indígenas que apontam cuidados à exposição da imagem, sobretudo em relação a indígenas doentes e aos seus mortos.